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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
POEMA DE NATAL DO ESPÍRITO GUERRA JUNQUEIRO
JORGE RIZZINI E O POEMA DE NATAL DO ESPÍRITO GUERRA JUNQUEIRO
O Espírito de Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Portugal, 17/set/1850 a 07/julho/1923) escreveu inúmeros poemas através da mediunidade de Jorge Rizzini.
Assim, deu provas da sobrevivência da alma à morte do corpo material, revivendo sua forma poética peculiar de expressão.
Neste tributo a Jorge Rizzini, e em comemoração ao Natal de Jesus, reproduzimos abaixo um dos maravilhosos poemas desse Espírito poeta, intitulado:
O NASCIMENTO DE JESUS
Oh, que noite fria em toda a Palestina!
Tremem estrelinhas pelo céu fulgente...
Ninguém pelas ruas, ninguém na campina...
Só os cães sem dono vagam pela esquina,
A ladrar à lua, dolorosamente!...
Mas, já pouco a pouco vem rompendo o dia...
Deus recolhe os astros, já guardou a lua...
Já não é tão frio... Foi-se a ventania!
Já os galos cantam, canta a cotovia,
E os cães se alegram com o sol na rua!
Palestina acorda... Mas, em Nazaré,
Já faz muito tempo despertou Maria...
Ei-la em um burrico que comprou José!
Vai sentada ao lombo e o marido a pé,
Ambos p’ra Belém antes que finde o dia!
O recenseamento era obrigatório.
Era Lei de Roma; proclamara Augusto!
E José e Maria vão para o cartório,
Toc, toc, toc, p’ro interrogatório,
Num jerico velho, animal sem susto!
E o jerico manso com intrepidez,
Toc, toc, toc, vai estrada afora,
Com Maria em cima já com palidez,
Pois tem dores fortes – oh, é a gravidez?...
Ai, meu Deus, não deixe que lhe chegue a hora!
Mas, Belém já surge pequenina e bela!
Com a lei de César, quanto povo à rua!
E José procura com Maria à sela
As hospedarias, mesmo sem janela,
Onde o sol não bate nem a luz da lua!
“Oh, meu Pai Divino, que a minh’alma adora!
Vem baixando a noite e não se encontra um quarto!”
E Maria ora, pois José demora,
Procurando longe p’ra Nossa Senhora,
Um local qualquer onde se faça o parto!
E o burrico meigo de pêlo castanho,
Ao ouvir Maria soluçar na prece,
(Curioso bicho! Que animal estranho!)
Nos seus olhos claros, claros como o estanho,
Uma gota d’água, trêmula, aparece!...
Mas, não pressentiu o que notou Maria...
Da sentida prece Deus estava à escuta!
Já por sobre ambos, oh! que luz havia!
E José guiado por sublime Guia
Comunica, alegre: “-Encontrei uma gruta!”
E p’ra bem distante, toc, toc, toc,
Vai o burriquito; como é delicado!
Vai devagarinho, toc, toc, toc,
Sem pisar em pedra, evitando choque,
Como se soubesse de Maria o estado!
Vira, sim, José naquela noite escura
Colossal rochedo com um buraco fundo;
Ter um parto ali? Era uma aventura!
Mas o Guia disse:”-Cumpra-se a Escritura...”
E nasceu Jesus, o Salvador do Mundo!
Quem testemunhara o epopéico lance?
Nem o bom jerico e nem sequer José...
Mal entrou na gruta o médium teve um transe!
E o jerico amigo – que ninguém avance!
Não saiu da entrada, vigiando em pé!
Mas, na solidão da madrugada fria
A velar no campo rebanhos de ovelhas,
Dez pastores viram – como ele luzia! –
A descer do espaço o mensageiro, o Guia,
Fulgurante estrela a irradiar centelhas!
“Meus irmãos (lhes disse) trago a Boa Nova!
Vão-se transformar deste planeta as leis.
O Messias veio! Disso eu vos dou prova:
Na montanha bruta Deus fez uma alcova,
Onde está o Infante que é o Senhor dos Reis!...
Como vós é humilde e em manjedoura jaz,
Envolvido em faixas de tecido novo!
Glória a Deus na Altura! Fique a Terra em paz!
Ide agora vê-lo, que isso vos apraz,
Mas o que vos conto divulgai ao povo!...
E os pastores viram que dos Céus descia
Legião de Luz (oh, que visão fulgente!):
Os Titãs de Deus a arrebanhar o Guia,
E, em cintilações brilhantes como o dia
Dirigir do espaço os Magos do Oriente!
Contemplava a Mãe ainda em seu regaço
A criança linda, seu maior tesouro!
Que olhinhos puros! Como estica o braço!
Com apenas horas já quer dar o passo...
Que cabelos fulvos! Pareciam ouro!
Mas, por um instante ela empalideceu...
Que pressentimento em sua alma terna!
Que destino Deus traçou p’ro Filho seu?
E apertou-o ao peito e, enfim, adormeceu...
-Oh, divino quadro de beleza eterna!
(Poema inserido no livro
“Antologia do mais Além,
3ª. Edição, 1993, Editora
Espírita Paulo de Tarso.)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
PARTITURA DA MARCHA HINO "GLÓRIA A KARDEC" E A TRAJETÓRIA DA MÚSICA MEDIÚNICA
PARTITURA DA MARCHA HINO “GLÓRIA A KARDEC” E A TRAJETÓRIA DA MÚSICA MEDIÚNICA
1 – PARTITURA DA MARCHA HINO “GLÓRIA A KARDEC”, COM ARRANJO PARA PIANO DO MÚSICO SYLVIO TANCREDI.
Atendendo sugestões de alguns músicos espíritas, estamos divulgando, para disseminação na seara espírita e execução nas festividades do Movimento Espírita, a partitura da marcha hino “Glória a Kardec”.
Essa música foi apresentada neste blog no mês passado. A autoria da música é do Espírito do famoso músico John Philip Sousa. A letra é do Espírito Manuel de Abreu. Elas foram recebidas pelo médium musical Jorge Rizzini. A execução é da notável Banda Sinfônica e Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
NOTA: Por favor, se houver alguma dificuldade em baixar essa partitura e salvá-la em seu computador, solicite-a para ge.zielandrade@hotmail.com que a enviaremos por e-mail.
ORIGEM DA MÚSICA MEDIÚNICA
As manifestações musicais dos Espíritos, através de médiuns, começaram já na época de Allan Kardec.
Ele estava realizando a codificação do Espiritismo, quando ocorreu a manifestação marcante do Espírito de Mozart. Este famoso músico ditou ao excelente médium, o senhor Bryon-Dorgeval, um fragmento de sonata.
O médium submeteu a diversos artistas a avaliação da peça musical recebida, sem, porém, lhes indicar a origem. Todos reconheceram nela, sem hesitação, o cunho de Mozart.
A senhorita Davans, aluna de Chopin e distinta pianista, executou a música na sessão da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, de 8 de abril de 1859, na presença de numerosos conhecedores.
Todos reconheceram não só a perfeita identidade com as músicas de Mozart, mas também que essa sua composição espírita era superior.
Depois do falecimento de Allan Kardec, diversos outros Espíritos de músicos transmitiram aos homens as suas novas composições musicais, através de diferentes médiuns.
Léon Denis analisou em seu notável livro “NO INVISÍVEL: Espiritismo e Mediunidade”, diversas manifestações musicais dos Espíritos, através de médiuns.
Ernesto Bozzano, na Terceira Parte de seu excelente livro “Fenômenos Psíquicos no Momento da Morte”, analisou 30 casos da Música Transcendental.
A EXTRAORDINÁRIA MÉDIUM MUSICAL INGLESA ROSEMARY BROWN
A partir de 1964, a mediunidade musical de Rosemary Brown tornou-a mundialmente famosa. Os meios de comunicação ingleses passaram a noticiar o seu recebimento de composições inéditas de Espíritos de músicos que foram famosos na vida terrena.
Entre eles estavam os Espíritos de Franz Liszt, Chopin, Schubert, Beethoven, Bach, Brahms, Schumann, Debussy, Grieg, Berlioz, Rachmaninoff e Monteverdi.
O interessante é que a médium não tinha educação musical e não conhecia composição de músicas, nem orquestração.
Os Espíritos lhe disseram que a finalidade dos seus trabalhos musicais era mostrar aos homens que a morte física é apenas uma transição para um outro estado de consciência, no qual a alma conserva sem alteração a sua individualidade.
Com esse trabalho mediúnico, a médium reuniu mais de 400 peças musicais, contendo canções, composições para piano, quartetos, óperas, concertos e sinfonias.
Com a grande repercussão desse trabalho de música mediúnica, Rosemary recebeu o aval de músicos famosos como Mary Firth, Richard Rodney Bennet e Leonard Bernstein.
JORGE RIZZINI: NOTÁVEL MÉDIUM MUSICAL BRASILEIRO
Jorge Rizzini foi um extraordinário médium musical brasileiro. Ele difundiu a música mediúnica no Movimento Espírita.
Esse trabalho tornou-se possível após ter captado, através de sua mediunidade musical, inúmeras músicas inéditas compostas e transmitidas pelos Espíritos de Lamartine Babo, Ataulfo Alves, Ary Barroso, Francisco Alves, Noel Rosa, Verdi, Puccini, Carlos Gardel, Duke Ellington, John Philips Sousa, dentre muitos outros.
Como essas manifestações musicais dos Espíritos tinham os mesmos estilos marcantes que identificavam os compositores quando encarnados, Jorge Rizzini decidiu divulgá-las para o grande público.
Para isso, realizou os surpreendentes e comoventes Festivais de Música Mediúnica, com a participação de diversos músicos famosos.
Jorge Rizzini sempre deixou bem claro que a sua participação no recebimento dessas músicas, era apenas como médium musical. Dizia:
“Nunca estudei música; não toco nenhum instrumento, nem de ouvido; não sei escrever música; não canto; e, pior ainda, não sou afinado!”
E quanto à finalidade das músicas mediúnicas que recebeu dos Espíritos, Jorge Rizzini afirmava:
“A música mediúnica é mais uma prova incontestável de que a morte mata apenas o corpo, mas não mata a consciência, como muito bem acentuou o Espírito Aderaldo em um de seus poemas que tive a honra de psicografar.”
MANIFESTAÇÕES RECEBIDAS DE MARIA LÚCIA E ANTONIO CARLOS SOUSA, A RESPEITO DA MARCHA HINO “GLÓRIA A KARDEC” E DA SITUAÇÃO DA MÚSICA MEDIÚNICA ATUALMENTE NO MOVIMENTO ESPÍRITA.
DEPOIMENTO DE MARIA LÚCIA, da Casa do Caminho Meimei, de São Paulo-SP.
É uma pessoa muito atuante na música mediúnica.
Escreveu-nos o seguinte:
“Adoro essa música.
Muitos espíritas ainda precisam conhecer essas belezas de músicas mediúnicas.
Mas ainda pouco ênfase se dá às musicas mediúnicas.
Por isso, sempre falo de Rizzini e do seu trabalho junto com os músicos do além!
Não sei como as pessoas falam de arte espírita e não falam das músicas mediúnicas.
Mas, como dizem os Espíritos, tudo é uma questão de sensibilidade.
O espírita já despertou para os livros psicografados. Vemos médiuns e mais médiuns, romances, mensagens. Tudo vende, tudo ajuda as pessoas, embora muitos criticavam os médiuns novos.
Mas ninguém segurou a mediunidade. O trabalho tinha que florescer na Terra.
Agora falta esse despertar com relação à música mediúnica, porque ela não é composição do médium; não é o médium que cria; ela vem pronta!
Por que Deus permitiria que essa plêiade de cantores e compositores viessem realizar esse trabalho no Brasil com seus respectivos médiuns?
É porque é chegada a hora. “As pedras falam”: os Espíritos envolvidos na lei de amor virão cada vez mais à Terra para ajudar a humanidade. E essa é uma forma belíssima. É para quem tem ouvidos de ouvir.
Já está acontecendo isso na área das músicas mediúnicas. Já surge aqui, ali, acolá. Por toda parte estamos vendo médiuns, até às vezes sem saber ou entender, recebendo músicas e pensando que é ele que está fazendo. E algumas pessoas já estão compreendendo o que é que está acontecendo.
Um dos entraves para os espíritas, eu acho que é o medo e o preconceito de destacar um determinado médium que realiza um determinado trabalho.
Penso que o médium sério só quer divulgar o seu trabalho, mostrar a luz que carrega nas mãos. Mas, normalmente, é mal interpretado e entendido. Ele recebe uma força de algum lugar e faz tudo o que pode e que está ao seu alcance.
Penso que “a candeia debaixo do alqueire” se refere a esses acontecimentos com a mediunidade. Por que colocar a luz debaixo da mesa, quando tantos precisam dela?
Quando a Dona Marta, do Grupo Noel, me procurou para dizer quem estava à frente das musicas mediúnicas que eu recebia, ela disse que antes fez uma pesquisa sobre mim com três Espíritos. Ela estava certa. E isso mesmo que o espírita deve fazer. Foi isso que Kardec ensinou: pesquise. Porque apenas dizer não e criticar é uma postura fácil e bitolada, não é mesmo?
Fiz a harmonização num Grupo Espírita. A espiritualidade me passou as músicas que eu cantaria. Foram seis músicas de vários estilos. Foi um trabalho totalmente mediúnico. Fui apenas um instrumento, para que a espiritualidade passasse seu recado. Alguns médiuns videntes até vêem Espíritos com instrumentos me acompanhando, porque normalmente me apresento da seguinte forma: "Lucia, voz e os Espíritos". Não tenho alguém para sempre me acompanhar. Não posso pagar.
Com certeza o nosso querido Jorge, não está em uma poltrona, olhando o céu e sim do nosso lado continuando a sua luta, agora diretamente com os Cantores do Além!
E todos os sucessos que teremos será fruto da luta!
Eis alguns trechos de músicas mediúnicas:
Caminhar é uma opção
De quem quer chegar.
É falar ao coração
De quem quer escutar...
Vamos dar as boas vindas
Pra quem vem nos assistir
E cantar com alegria!
Porque estamos aqui,
Fazendo o nosso show!
Cantando de verdade
Que a vida continua.
Que felicidade!
E você que está me ouvindo,
Caia na real!
Ninguém acaba com a morte
Pois voltamos do astral.
A nossa ponte é
A mediunidade!
Abençoada oportunidade!
Abraços, Maria Lúcia.”
DEPOIMENTO DE ANTONIO CARLOS SOUSA, de Diadema-SP.
É uma pessoa dedicada à música mediúnica.
Mantém o site: www.tramavirtual.com.br/deumpoucodesi onde encontra-se disponível para download gratuito o CD "Coração Fraterno" (Pelo Espírito Poeta Armando de Vilas).
Escreveu-nos o seguinte:
“Na música mediúnica dois aspectos devem ser considerados sob o meu ponto de vista:
1. A mensagem da espiritualidade contida na letra.
2. A música (arranjo musical e melodia). Ela contribui de forma significativa para atrair o interesse do ouvinte e consequentemente difundir a mensagem da letra.
Esses dois aspectos harmonizados irão sensibilizar e tocar corações.
A música mediúnica é de grande importância para o movimento espírita:
• Para a espiritualidade revelar as vicissitudes dos espíritos (exemplo da música mediúnica “Mudanças Radicais” do Espírito de Tim Maia e recebida pela médium Marli Simões Fabris);
• Servir de esclarecedor e consolador para muitos encarnados;
• E para a evolução da música terrena, em razão dos compositores espirituais já terem tido suas experiências no plano terreno, fato que contribui para a coerência na transmissão da mensagem e da partitura musical.
A Marcha Hino "Glória a Kardec" atende aos dois aspectos já mencionados. Acrescentando: a veneração a Allan Kardec, através da letra, corrobora a importância de sua missão, não só para os espíritos encarnados, mas também para os espíritos desencarnados.
Quanto à partitura musical, a marcha por si só desperta sentimentos patrióticos.
Acredito que o autor teve essa intenção pelo fato de Allan Kardec ter cumprido a sua missão. Assim sendo, os mártires devem ser reverenciados.
Quanto à complexidade da partitura musical não posso tecer comentários, por não ter formação para tanto; apenas registrando que a harmonia é agradável aos meus ouvidos.
Abraços, Antonio Carlos.”
EXEMPLOS ATUAIS DO CULTIVO DA MÚSICA ESPÍRITA NO MOVIMENTO ESPÍRITA
IX FEMEU – FESTIVAL DE MÚSICA ESPÍRITA DE UBERABA
A UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba irá realizar o IX FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba, no dia 13 de novembro de 2010, no Centro Espírita Uberabense, em Uberaba-MG.
O IX FEMEU é um Festival de composições inéditas, voltado à temática espírita e tem como objetivos: Valorizar a arte produzida no movimento espírita; Incentivar a participação e criação artística das músicas espíritas; Proporcionar a descoberta de novos talentos no movimento espírita; Divulgar a música espírita, elevando o espírito; Promover o intercâmbio artístico e cultural em todo o Território Nacional; Comemorar o Centenário de Nascimento de Francisco Cândido Xavier.
O IX FEMEU conta com o apoio da: AME – Aliança Municipal Espírita de Uberaba, da UEM – União Espírita Mineira; da ABRARTE – Associação Brasileira de Arte Espírita; da FEB – Federação Espírita Brasileira; da empresa TOP SOM; Livraria Espírita Emmanuel; do Centro Espírita Uberabense; dos artistas plástico Rhaavi Dionísio (Uberaba-MG) e Julio Cesar Chiovatto (Caldas Novas); das editoras espíritas: CEC – Uberaba, GEEM, IDE, LEEPP, CANDEIA, CEU; de Eduardo Saad (sonorização); de Vision DVD (filmagem); da empresa de publicidade SOLIS; da Câmara Municipal de Uberaba, e do jornal A Flama Espírita.
As inscrições estão abertas de 13 de setembro à 22 de outubro.
Os vencedores receberão:
1º Lugar: (01 violão, 01 troféu e livros espíritas)
2º Lugar: (01 troféu e livros espíritas)
3º Lugar: (01 troféu e livros espíritas)
Melhor Arranjo: (01 troféu e livros espíritas)
Melhor Letra: (01 troféu e livros espíritas)
Melhor Intérprete: (01 troféu e livros espíritas)
Melhor Música Eleita pelo Público Presente: (01 troféu e livros espíritas)
Neste ano, o IX FEMEU será em âmbito nacional e fará parte das comemorações do Centenário de nascimento de Chico Xavier.
Para conhecer a história de todos os festivais de música de Uberaba, acesse o site: http://femeu.blogspot.com/.
Solicite o Regulamento e a Ficha de Inscrição do IX FEMEU pelo e-mail: lcsouza@terra.com.br ou pelos telefones: (34) 3322-2140 ou (34) 9969-7191, com Luiz Carlos de Souza.
FEMEU NO YOUTUBE
Você pode assistir no site do youtube (www.youtube.com.br) todas as músicas do VII e VIII FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba.
Para ouvir todas as músicas, digite a palavra FEMEU.
O VII FEMEU foi realizado no dia 27/09/2008 e o VIII FEMEU em 24/10/2009, ambos no Centro Espírita Uberabense, em Uberaba-MG.
Vale a pena apreciar!
Luiz Carlos de Souza
Coordenador do IX FEMEU
FORUM SOBRE MÚSICA ESPÍRITA
NOTA: Copie e cole o link abaixo no seu navegador
http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/%28estudo-novembro-2010%29-9835-musica-espirita-9835?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_content=M%C3%BAsica+Esp%C3%ADrita
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
JORGE RIZZINI EM REPORTAGEM SOBRE CHICO XAVIER E WALDO VIEIRA
PARTICIPAÇÃO DE JORGE RIZZINI EM REPORTAGEM SOBRE CHICO XAVIER E WALDO VIEIRA
Convidamos o(a) prezado(a) amigo(a) deste blog a assistir a participação de Jorge Rizzini num programa de TV sobre Chico Xavier, Waldo Vieira e a psicografia.
Essa interessante reportagem está na internet no seguinte endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=N548MftEMCs&feature=player_embedded
NOTA: Acesse abaixo pelo link ou Copie e cole esta URL completa do vídeo em seu navegador.
A duração desse importante vídeo é de 8 minutos e 2 segundos.
Jorge Rizzini aparece apresentando um filme que fez sobre Chico Xavier no início dos anos de 1960.
Trata-se de um documento histórico muito valioso para o Movimento Espírita.
Convidamos o(a) prezado(a) amigo(a) deste blog a assistir a participação de Jorge Rizzini num programa de TV sobre Chico Xavier, Waldo Vieira e a psicografia.
Essa interessante reportagem está na internet no seguinte endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=N548MftEMCs&feature=player_embedded
NOTA: Acesse abaixo pelo link ou Copie e cole esta URL completa do vídeo em seu navegador.
A duração desse importante vídeo é de 8 minutos e 2 segundos.
Jorge Rizzini aparece apresentando um filme que fez sobre Chico Xavier no início dos anos de 1960.
Trata-se de um documento histórico muito valioso para o Movimento Espírita.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
JORGE RIZZINI E A MARCHA HINO "GLÓRIA A KARDEC"
JORGE RIZZINI E A MARCHA HINO “GLÓRIA A KARDEC”.
Neste mês de outubro, em que os espíritas comemoram o nascimento de Allan Kardec, ocorrido em 03 de outubro de 1804, unimo-nos às comemorações, apresentando o filme feito no Windows Movie Maker, contendo fotos de Allan Kardec e a Marcha Hino “Glória a Kardec”.
A música foi composta pelo Espírito do famoso músico John Philip Sousa. A letra é de autoria do Espírito Manuel de Abreu. A música e a letra foram recebidas através da mediunidade musical de Jorge Rizzini.
LETRA DA MARCHA HINO
Allan Kardec, na Terra foste
Mensagem viva de Jesus!
A tua Obra é luz divina,
Nos ilumina e nos conduz.
Glória a Kardec! Glória! Glória!
O mestre é um novo marco na História!
Kardec deu à humanidade
A prova da imortalidade.
E levantou o véu
Das grandes Leis do Céu!
Kardec, a nossa meta
Está traçada em linha reta:
Fazer com o Senhor
Da Terra um mundo superior!
Fiéis ao sublime ideal,
Prometemos à Espiritualidade:
Viver a Divina Verdade,
E defendê-la com amor total!
(São Paulo, agosto de 1980).
A música é executada pela Banda Sinfônica e Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Este corpo musical gravou a marcha hino e comoveu e arrebatou o público, levando-o ao êxtase, quando a executou magnificamente, na abertura do Festival de Música Mediúnica, realizado no Teatro Municipal de São Paulo, em 1982, e organizado por Jorge Rizzini. A televisão francesa, Canal 1 de Paris, filmou a Banda da Polícia Militar executando a marcha hino “Glória a Allan Kardec”, e a divulgou pelo mundo.
Sobre a autenticidade da autoria dessa obra musical mediúnica, afirmou o senhor Antonio Domingos, Maestro e Comandante do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo:
“Considero um privilégio – uma honra mesmo, reger essa música mediúnica de John Philip Sousa.”
“Eu era criança quando ouvi, pela primeira vez, maravilhado, suas marchas militares. Foi, portanto, por influência dele que ingressei no Corpo Musical da Polícia Militar.”
“Há dois anos passados, fui aos Estados Unidos visitar o Museu John Philip Sousa.”
“Conheço todas as suas músicas e passei parte da vida regendo-as.”
“E agora, como vou aposentar-me, dentro de semanas, considero um prêmio gravar diante das câmaras da TV Globo a sua marcha-hino “Glória a Kardec.”
“É belíssima e tem todas as características de John Philip Sousa”.
Neste mês de outubro, em que os espíritas comemoram o nascimento de Allan Kardec, ocorrido em 03 de outubro de 1804, unimo-nos às comemorações, apresentando o filme feito no Windows Movie Maker, contendo fotos de Allan Kardec e a Marcha Hino “Glória a Kardec”.
A música foi composta pelo Espírito do famoso músico John Philip Sousa. A letra é de autoria do Espírito Manuel de Abreu. A música e a letra foram recebidas através da mediunidade musical de Jorge Rizzini.
LETRA DA MARCHA HINO
Allan Kardec, na Terra foste
Mensagem viva de Jesus!
A tua Obra é luz divina,
Nos ilumina e nos conduz.
Glória a Kardec! Glória! Glória!
O mestre é um novo marco na História!
Kardec deu à humanidade
A prova da imortalidade.
E levantou o véu
Das grandes Leis do Céu!
Kardec, a nossa meta
Está traçada em linha reta:
Fazer com o Senhor
Da Terra um mundo superior!
Fiéis ao sublime ideal,
Prometemos à Espiritualidade:
Viver a Divina Verdade,
E defendê-la com amor total!
(São Paulo, agosto de 1980).
A música é executada pela Banda Sinfônica e Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Este corpo musical gravou a marcha hino e comoveu e arrebatou o público, levando-o ao êxtase, quando a executou magnificamente, na abertura do Festival de Música Mediúnica, realizado no Teatro Municipal de São Paulo, em 1982, e organizado por Jorge Rizzini. A televisão francesa, Canal 1 de Paris, filmou a Banda da Polícia Militar executando a marcha hino “Glória a Allan Kardec”, e a divulgou pelo mundo.
Sobre a autenticidade da autoria dessa obra musical mediúnica, afirmou o senhor Antonio Domingos, Maestro e Comandante do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo:
“Considero um privilégio – uma honra mesmo, reger essa música mediúnica de John Philip Sousa.”
“Eu era criança quando ouvi, pela primeira vez, maravilhado, suas marchas militares. Foi, portanto, por influência dele que ingressei no Corpo Musical da Polícia Militar.”
“Há dois anos passados, fui aos Estados Unidos visitar o Museu John Philip Sousa.”
“Conheço todas as suas músicas e passei parte da vida regendo-as.”
“E agora, como vou aposentar-me, dentro de semanas, considero um prêmio gravar diante das câmaras da TV Globo a sua marcha-hino “Glória a Kardec.”
“É belíssima e tem todas as características de John Philip Sousa”.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
JORGE RIZZINI E O APÓSTOLO DA CARIDADE
JORGE RIZZINI E O APÓSTOLO DA CARIDADE
Fotos: Jorge Rizzini na FEESP em palestra de lançamento de seu livro sobre Eurípedes Barsanulfo; e em seu escritório gravando um depoimento sobre o Apóstolo da Caridade.
Um dos grandes trabalhos realizados por Jorge Rizzini, no campo do Espiritismo, foi a elaboração da biografia, de forma pioneira, de Eurípedes Barsanulfo: o Apóstolo da Caridade (01/maio/1880 a 01/novembro/1918).
Esse trabalho de Rizzini, que revelou a vida e a importância da obra de Eurípedes Barsanulfo para o Movimento Espírita, foi difícil de ser realizado. Exigiu a obtenção de inúmeros depoimentos escritos e gravados e a documentação dos fatos ocorridos.
Vinte e quatro pessoas participaram dos seus esforços, fornecendo informações detalhadas e dados pessoais do espírita famoso de Sacramento-MG, sendo que vinte e duas delas o haviam conhecido pessoalmente.
Jorge Rizzini esteve em diversas localidades colhendo materiais, documentando fatos e reunindo histórias.
Visitou também os lugares freqüentados pelo médium notável para constatar o cenário em que ocorreram os fatos.
Esteve em Uberaba, Rio de Janeiro, Palmelo, Goiânia e São Paulo para entrevistar testemunhas oculares dos feitos e dos acontecimentos relevantes que marcaram a vida e obra de Eurípedes.
A história reunida no livro de Rizzini é emocionante.
A narrativa feita por Rizzini dos acontecimentos em Sacramento é comovente e surpreendente ao registrar:
• Os detalhes da família pobre em que Eurípedes nasceu;
• A alfabetização na escola pública;
• O Colégio Miranda;
• O progresso intelectual e cultural;
• A inauguração da farmácia homeopática para curar os enfermos de famílias pobres;
• O lançamento do jornal “Gazeta de Sacramento”, em 1901;
• A fundação do Liceu Sacramento, em 1902, onde desempenhou o cargo de professor;
• O cargo de secretário ocupado na Irmandade de São Vicente de Paulo;
• A ocupação do cargo de Vereador na Câmara Municipal, em 1902;
• A influência do livro “Depois da Morte”, de Léon Denis, o qual havia ganhado de presente de seu tio Mariano da Cunha Júnior;
• O impacto da primeira sessão espírita na Fazenda Santa Maria;
• O desenvolvimento de sua poderosa mediunidade;
• A conversão ao Espiritismo e a decisão de ampliar a prática dos ensinos do Cristo;
• A doutrinação dos Espíritos obsessores;
• Os ataques dos padres e beatos tentando lançar descrédito sobre a sua pessoa e sobre o Espiritismo;
• A fundação do Grupo Espírita Esperança e Caridade, em 27 de janeiro de 1905;
• A expansão dos trabalhos mediúnicos;
• A fundação do Colégio Allan Kardec;
• A distribuição de gêneros alimentícios para os pobres;
• As curas miraculosas obtidas, chamando a atenção de pessoas da localidade e de outros municípios;
• O debate público com o padre Yague com grande repercussão na localidade, demovendo idéias preconceituosas e caluniosas contra o Espiritismo;
• Os artigos espíritas publicados no jornal “Lavoura e Comércio”;
• O processo-crime sofrido por exercício ilegal da medicina;
• E a gripe espanhola que o levou subitamente a óbito.
Rizzini vai mostrando passo a passo a trajetória do grandioso trabalho realizado por Eurípedes Barsanulfo, em tão curto espaço de tempo, a ponto de seu nome ainda ser lembrado por espíritas e adeptos de outras crenças religiosas, apesar de tantos anos terem se passado após o seu falecimento.
Eurípedes Barsanulfo tornou-se, por seu carisma e por suas obras importantes e inusitadas, um dos mais notáveis vultos do Movimento Espírita.
Essa glória deveu-se não só às lutas difíceis que enfrentou, às obras importantes que realizou, às vitórias marcantes que alcançou e aos rumos novos que deu à prática do Espiritismo; deveu-se principalmente aos exemplos que deixou da prática do amor e da caridade, demovendo de forma marcante preconceitos e rejeições infundadas lançados há tempos contra a Doutrina dos Espíritos.
Dessa forma, Rizzini não só homenageou Eurípedes Barsanulfo, como também registrou de forma perene os fatos impressionantes que lhe deram a merecida posição de destaque que ocupa na história do Espiritismo.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
JORGE RIZZINI NA REVISTA UNIVERSO ESPÍRITA
JORGE RIZZINI NA REVISTA UNIVERSO ESPÍRITA As fotos de Jorge Rizzini, apresentadas em seqüência, no filme ao lado, com duração de 1 minuto e 44 segundos, graças ao programa Windows Movie Maker, foram tiradas em setembro de 2005, na redação da Revista UNIVERSO ESPÍRITA, no bairro Pompeia, em São Paulo-SP. Na ocasião, Rizzini concedeu uma entrevista à Ana Carolina Coutinho, que foi publicada na seção Maiêutica da edição 24. Na mesma época, ele estava lançando a nova edição do livro de contos O Regresso de Glória, pela Editora Lachâtre. A Revista UNIVERSO ESPÍRITA documentou esse momento histórico da vida de Jorge Rizzini. Nesta oportunidade, tornou as fotos disponíveis para o Movimento Espírita.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
TRIBUTO DE JORGE RIZZINI AOS PIONEIROS DO ESPIRITISMO
TRIBUTO DE JORGE RIZZINI AOS PIONEIROS DO ESPIRITISMO
Foto 1: Dr. Waldo Vieira, Jorge Rizzini e Chico Xavier, numa foto em que mostra a preocupação de Rizzini em documentar para o Movimento Espírita os feitos dos pioneiros do Espiritismo.
Foto 2: Jorge Rizzini e Chico Xavier, em Nova York, em 1965, em busca do túmulo de Elizabeth Fox, pioneira nas manifestações dos Espíritos.
Foto 3: Capa do livro “Kardec, Irmãs Fox e Outros”.
O Espírito Batuíra, no Capítulo 69: Ante os Pioneiros, do livro “Mais Luz”, psicografado por Chico Xavier, Edição GEEM, nos ensina:
“Aproveitemos o que se tem feito na edificação espírita-cristã, à custa de tanto amor e de tanto sacrifício dos pioneiros de nosso movimento, para seguirmos adiante ofertando o melhor de nós para que se faça o melhor na complementação do serviço de construção da Era Nova, com o Espiritismo conduzindo o pensamento humano para mais altos destinos.”
Jorge Rizzini, em seus extraordinários esforços e serviços prestados à causa espírita, preocupou-se em ressaltar os sacrifícios feitos pelos pioneiros do Espiritismo, revelando amor e dedicação à Doutrina Espírita.
Exemplo disso encontramos no excelente livro intitulado “Kardec, Irmãs Fox e Outros”, publicado pela Editora EME, de Capivari-SP, em abril de 1994.
Entre os “Outros” do título estão: Eusápia Paladino; Senhora Piper; Fernando de Lacerda; Mirabelli; Yvonne A. Pereira; Cléobe Brandão; Patrícia dos Santos; Cornélio Pires; Rafael Gonzeles Molina; Léon Denis; Roger Perez; Augustin Lesage; Bruno Baruca; Joseph Banks Rhine; Humberto Mariotti; Frederico Giannini; e Deolindo Amorim. Além desses valorosos espíritas, aparecem ainda citados nos textos muitos outros pioneiros do Espiritismo.
Esse livro de Jorge Rizzini vai além de uma obra elaborada no conforto de um escritório doméstico. Sua contra-capa registra:
“As pesquisas de Jorge Rizzini na França e nos Estados Unidos em museus, bibliotecas públicas, arquivo de jornais e cemitérios resultaram num punhado de descobertas importantíssimas para a História Mundial do Espiritismo.”
Ainda nas “Notas Introdutórias à Vida Missionária de Allan Kardec, Jorge Rizzini esclarece:
“A vida do Codificador reconstituída por nós é o resultado de pesquisas exaustivas em jornais e livros, nacionais e estrangeiros; e de pesquisas diretas quando visitamos Lião e Paris em 1970 e 1974, a fim de realizar trabalho pioneiro: filmar e fotografar os locais onde viveu Allan Kardec; inclusive, o prédio em que desencarnou e a quadra 44 do cemitério Père-Lachaise, onde se encontram o corpo do Mestre e o de sua esposa, Amelie Boudet.”
“O documentário cinematográfico em cores (feito em 1970) é único em todo o mundo e já não é possível conseguir um outro completo pelo fato de que o prédio onde estava instalado o Instituto Técnico Rivail, na rua de Sèvres, 35, no distrito de Luxemburgo, foi demolido em 1974.”
Dessa forma, Jorge Rizzini, com esse importante livro de sua autoria, graças ao seu trabalho de pesquisador sério, competente e dedicado à causa espírita, levantou as realizações e prestou um merecido tributo aos pioneiros do Espiritismo.
Ainda, exemplificou a importância da documentação dos fatos importantes que ocorreram na seara espírita, para que o legado deixado pelos pioneiros possa ser valorizado e complementado.
Além disso, com esse trabalho formidável, Jorge Rizzini reconstituiu a historia do Movimento Espírita, desde Paris, com Allan Kardec, ressaltando as obras e homenageando grandes vultos que fortaleceram e disseminaram a Doutrina Espírita, abrindo novos rumos para o engrandecimento moral dos homens.
Graças a esse trabalho importantíssimo, os adeptos da Doutrina dos Espíritos contam com um dossiê valioso, que nos permite avaliar os sacrifícios feitos pelos pioneiros que nos legaram as maravilhas dos aspectos religiosos, científicos, filosóficos e morais do Espiritismo.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
CONTADOR DE VISITAS AO BLOG
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Contador postado em 23 de março de 2010.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
CONTATOS DE JORGE RIZZINI COM O MÉDIUM JOSÉ ARIGÓ
CONTATOS DE JORGE RIZZINI COM O MÉDIUM JOSÉ ARIGÓ
IRACEMA SAPUCAIA RIZZINI REGISTRA SUAS LEMBRANÇAS DOS PRIMEIROS ENCONTROS DE JORGE RIZZINI COM O MÉDIUM JOSÉ ARIGÓ.
Foto: Na foto acima, tirada entre os anos 1965/1966, aparecem Jorge Rizzini e Iracema Sapucaia Rizzini, em frente da casa em que moravam em São Paulo-SP. Essa foto foi extraída da revista italiana OGGI, de 09 de agosto de 1976, que publicou um artigo sobre o médium José Arigó, com o apoio de Jorge Rizzini. Essa reportagem será futuramente reproduzida em português neste Blog, graças à tradução de Fátima Rinaldi, pelo seu caráter histórico para o Movimento Espírita.
Neste artigo, apresentamos a continuação da entrevista realizada com Iracema Sapucaia Rizzini (pedagoga e escritora de livros infantis), buscando registrar em detalhes as contribuições valiosíssimas prestadas por Jorge Toledo Rizzini ao Movimento Espírita.
São recordações de acontecimentos relevantes, que movimentaram o protagonista e o colocaram em ação e em destaque no meio de muitos fatos espíritas marcantes.
Iracema Sapucaia, como participante e testemunha ocular das realizações de Jorge Rizzini, dignou-se a documentar as suas lembranças sobre a atuação impressionante de Jorge Rizzini no meio espírita, produzindo o legado que o notabilizou.
Nesta parte da entrevista, Iracema Sapucaia fala sobre os primeiros contatos do casal Rizzini com o famoso médium José Arigó, com surpreendentes desdobramentos.
José Pedro de Freitas – Congonhas-MG, 18/out/1921 a 11/jan/1971 – era o nome verdadeiro de José Arigó ou simplesmente Zé Arigó. Ele desenvolveu atividades mediúnicas extraordinárias e inimagináveis em sua cidade natal durante cerca de vinte anos. (Fontes: Google e Wikipédia).
GEZIEL: Como Jorge Rizzini conheceu o famoso médium José Arigó?
IRACEMA SAPUCAIA: Quando nos casamos, tínhamos vinte e três anos. Naquela época, morávamos provisoriamente numa pensão no bairro da Liberdade, em São Paulo.
Depois disso, fomos morar em casa de meus pais, por alguns meses, até que a nossa casa, em Vila Yara, bairro da Grande São Paulo, ficasse pronta.
Eu havia ingressado no Magistério Público Estadual. Então, fomos morar naquele bairro, já com nossa primeira filha, para que eu tomasse posse do cargo. Tanto a casa, quanto a escola eram recém construídas; e os alunos, alguns de origem italiana, eram dóceis e educados.
Foi nesse bairro, porém, que através da água de poço, canalizada diretamente para casa, que adquiri uma doença intestinal de origem bacteriana.
Consultamos os melhores médicos de São Paulo. Eles encontraram a causa da colite, mas não conseguiram debelar a dor abdominal contínua. Foram meses e anos de sofrimento que não passava com nada.
Naquela época, o Jorge conheceu o professor Herculano Pires, o grande jornalista, escritor e filósofo espírita, que o aconselhou a me levar para Minas Gerais, onde, na cidade de Congonhas do Campo, havia um médium realizando proezas.
Rizzini já ouvira falar desse médium através de seus amigos Nelson Pressoto, professor catedrático de farmacologia e Eddie Augusto da Silva, membro da diretoria da Associação Paulista de Propaganda. Eles foram os primeiros a abordarem o fenômeno mediúnico Arigó.
Assim, quando o professor Herculano Pires aconselhou Rizzini a levar-me a Congonhas do Campo, onde morava o médium, ele não teve dúvidas em ir. Então, decidimos partir para essa cidade mineira, porém sem o endereço do médium.
Quando desembarcamos, depois de horas e horas de viagem, não havia ninguém para nos orientar. Então, saímos da pequena estação a procura de um hotel. Mas também não vimos ninguém na rua.
Somente depois de uns vinte metros de distância, vimos um senhor encostado a um muro lendo um jornal. Aproximamo-nos e o Jorge lhe perguntou:
– Por favor, o senhor pode nos dizer onde fica a casa do Arigó?
A surpresa foi enorme. Ele, endireitando-se nos disse:
-Eu sou Arigó.
O nosso espanto foi tão grande que começamos os três a rir. A “coincidência” era flagrante!
Jorge abraçou-o calorosamente. Lá estávamos os dois à frente do “fenômeno”, da maneira mais inesperada possível.
Observei que aquele moço era sorridente, de olhos bondosos, simples na maneira cabocla de falar, porém demonstrando a inteligência de quem sabe o que faz. Parecia ter, no máximo, 40 anos.
E foi assim que o Jorge e eu conhecemos a pessoa que iria revolucionar nossas vidas. Foi assim que tudo começou a mudar.
Geziel: A senhora poderia dar detalhes das mudanças que ocorreram?
À noite, no hotel, encontramos diversas pessoas que estavam hospedadas. Umas com a finalidade de conhecer as obras de Aleijadinho, principalmente as estátuas esculpidas em pedra sabão, representando os apóstolos de Jesus, em frente do mosteiro de São Bom Jesus de Motozinhos; outras, como nós, com o objetivo de consultar o médium Arigó.
Na manhã seguinte, fomos para o local onde Arigó recebia as pessoas. Era uma espécie de dispensa. Havia sacos de mantimentos encostados nas paredes, mas a sala era clara com janela grande.
Vimos o médium rodeado de pessoas e em transe. Seus olhos estavam bem abertos, porém fixos. Pareciam olhos que não podiam enxergar, pois nada refletiam.
Impressionou-nos ouvir as ordens que dava aos doentes:
-“Abre boca”; “levanta cabeça”, “aqui dói?”.
E no caso, por exemplo, do sangue escorrer de uma incisão, ele dizia energicamente:
-“Jesus não quer sangue...”
E o sangue estancava.
Quando chegou a minha vez, o Arigó olhou-me por alguns minutos. Tinha aquela inexpressão de quem “olha sem ver”. Porém, sentando-se em frente a uma mesinha, perguntou-me o que eu sentia. Depois prescreveu uma receita.
Voltamos para São Paulo e compramos imediatamente os remédios. E, à medida que o tempo foi passando, eu digeria melhor a alimentação e as dores intestinais foram amainando até passarem completamente. Eu estava curada!
Foi assim, através dessa circunstância, que eu me curei; mas a parte mais importante das mudanças estava apenas começando.
O fato de eu ter-me curado, despertou em Jorge um interesse tão marcante que comprou uma filmadora. A partir desse momento, começou a viajar assiduamente para Congonhas para filmar as operações mediúnicas realizadas pela equipe de Espíritos, sem assepsia, em ambiente impróprio e com material primário. Eles também davam receituário sob a orientação do Espírito Dr. Fritz. Assustava ver o uso até de um canivete que o “Dr. Fritz” pedia para qualquer pessoa.
“-Quem tem canivete?”. Dizia ele em seu português arrastado!
A mudança interessante foi que, com a minha cura, o Jorge ficou entusiasmado em filmar todas as operações com o objetivo de divulgá-las no meio espírita. Indiscutivelmente, elas reforçavam a tese espírita concernente ao poder da mediunidade. Foi o próprio Dr. Fritz quem autorizou as filmagens.
(A CONTINUAÇÃO DESTA ENTREVISTA SOBRE O FILME DO “CASO ARIGÓ”, SERÁ PUBLICADA EM OUTRO ARTIGO NESTE MESMO BLOG).
quarta-feira, 9 de junho de 2010
JORGE RIZZINI E O ESPÍRITO DE CASIMIRO DE ABREU
JORGE RIZZINI E O ESPÍRITO DE CASIMIRO DE ABREU
Casimiro José Marques de Abreu nasceu em Capivary (Barra de São João e hoje Casimiro de Abreu-RJ), em 04 de janeiro de 1839, e faleceu em Nova Friburgo-RJ, em 18 de outubro de 1860, vítima de tuberculose.
Após ter ido para Lisboa-Portugal, em 1853, com seu pai, entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra.
Em 1857, retornou ao Brasil. Tornou-se patrono da cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras. Tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. (Fontes: Wikipédia e Google.)
Do mundo dos Espíritos, o Espírito de Casimiro de Abreu transmitiu aos homens, através da mediunidade de Jorge Rizzini, o magistral poema, abaixo apresentado, intitulado de “O Trabalho dos Guias”.
Esse poema aborda um tema comovente contido nas Questões 489 a 521 de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec: os Anjos da guarda e Espíritos protetores.
Os Espíritos superiores disseram a Allan Kardec que “o Anjo da guarda é o Espírito protetor de uma ordem elevada, com a missão de conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições e sustentar sua coragem nas provas da vida”. (Questões 490 e 491.)
Especificamente os Espíritos de São Luís e Santo Agostinho disseram: “Há uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos, por seu encanto e por sua doçura: a dos Anjos da guarda. Pensar que tendes sempre ao vosso lado seres que vos são superiores, que estão sempre ali para vos aconselhar, vos sustentar, vos ajudar a escalar a montanha escarpada do bem, que são amigos mais firmes e mais devotados que as mais íntimas ligações que se possam contrair na Terra, não é essa uma idéia bastante consoladora? Esses seres ali estão por ordem de seu Deus, que os colocou ao vosso lado; ali estão por seu amor, e cumprem junto a vós todos uma bela mas penosa missão.” (Questão 495.)
Confirmando os ensinamentos dos Espíritos superiores sobre os Anjos da guarda, o Espírito de Casimiro de Abreu colocou em seu poema, de forma magistral, o trabalho de abnegação desempenhado em favor de seu protegido.
A força desse tipo de poema impressionava e encantava o próprio médium Jorge Rizzini. Sua filha Eliana Rizzini nos contou que: “Lembro-me em casa, quando meu pai, no meio de uma conversa à vontade comigo e minha mãe, e que geralmente terminava em algum caso espírita, meu pai declamava alguns versos e dizia: -Não é genial esse verso? Que força! Os espíritos são incríveis!”
“O resgate desses poemas mostra a todos nós, que a vida continua após a morte, com toda a sua força e esplendor, através do depoimento de grandes Espíritos como Castro Alves, Guerra Junqueiro, Casimiro de Abreu e tantos outros. Um grande abraço e obrigada. Eliana.”
O TRABALHO DOS GUIAS
Poema do Espírito de Casimiro de Abreu
Psicografado por Jorge Rizzini.
Quando sentires da tristeza o véu
Cobrir-te a alma a soluçar de dor,
Tudo perdido, as esperanças mortas,
A vida escura sem nenhum calor...
Quando sentires, nessas noites longas,
Que a tua alma em sofrimento atroz
Perdeu o rumo, como perde o barco
Por entre a onda em vendaval feroz...
E na amargura em que tu te consomes
Ninguém te ajuda, nem um peito só;
E quando vires que os amigos falsos,
Inda te cobrem de mais lodo e pó...
É nesse instante que na escuridão
(Anjo celeste que enviou Jesus!)
Alguém o pranto que teus olhos vertem,
Aflito enxuga irradiando luz!
Anjo da Guarda de bondade imensa,
Cuja missão é dirigir-te o passo,
Contigo sofre porque não o ouviste,
E te atiraste ao traiçoeiro laço!
Oh! Quantas vezes! Quantas vezes! Quantas!
Tu, fascinado com a ilusão do mundo,
Ouviste o Anjo segredar baixinho:
"Foge depressa, que o abismo é fundo!"
Cumpre este Anjo sob a Luz do Cristo
Missão sublime que lhe deu Maria:
A de velar-te - não importa a hora,
Seja de noite, madrugada ou dia!
Quantas virtudes seu trabalho exige
Para realizar-se em teu escuro mundo:
Dedicação, que nem as mães possuem!
A humildade e um amor profundo!
Nos manicômios, no asilo ou creches,
Nos hospitais ou nas prisões cruéis,
Todos que sofrem nunca estão sozinhos,
Nem mesmo as moças dos fatais bordéis!
Por que não tentas conversar com o Guia?
Ouvi-lo podes através da mente!
E Anjo da Guarda tem visão do Cosmos!
E vê além deste viver presente!
Assim fazendo, encurtarás as provas
Que se acumulam no passar do dia;
Adeus tristezas, sofrimento, tédio!
Ouve inda hoje a sábia voz do Guia!
Poema obtido no blog http://sorriso.mforos.com
segunda-feira, 24 de maio de 2010
JORGE RIZZINI E O ESPÍRITO DE CASTRO ALVES
JORGE RIZZINI E O ESPÍRITO DE CASTRO ALVES
Encontramos na internet, citando como fontes a Biblioteca Virtual Espírita - www.bvespirita.com – e www.consciesp.com.br - o artigo intitulado CASTRO ALVES FALA À TERRA, do notável professor espírita José Herculano Pires.
Nesse artigo, o professor analisa as poesias mediúnicas do grande poeta brasileiro Castro Alves, obtidas através da mediunidade de Chico Xavier, Waldo Vieira e Jorge Rizzini.
Diz o professor que o problema da literatura mediúnica é ainda um mistério para a maioria dos homens de letras e um desafio para os homens de ciência.
Então, esclarece que só admitimos a poesia mediúnica se pudermos admitir a dualidade relativa de que fala Rhine, entre espírito e corpo, consequentemente entre vida corporal e vida espiritual. Uma dualidade de situações, de condições e de atitudes do ser nos dois planos de existência: o espiritual e o material.
OS POEMAS E OS MÉDIUNS
Os poemas mediúnicos de Castro Alves, analisados por Herculano Pires em seu artigo, foram recebidos por três médiuns bastante diferenciados: Chico Xavier, Waldo Vieira e Jorge Rizzini, no período de 1931 a 1971. A marca do poeta é a mesma em todos eles.
Há, sem dúvida, algumas variações no uso dos vocábulos e de metáforas nas poesias recebidas pelos três médiuns. Mas isso equivale às variações irrelevantes na tradução de um discurso por três intérpretes diferentes: são as marcas individuais a que não se furta nenhum trabalho humano. O que importa não são os pormenores, mas o conjunto de cada peça poética.
Para os que entendem do assunto, trata-se de uma das mais belas provas de que o Espírito é sempre o mesmo, através de todos os intérpretes mediúnicos de que possa utilizar-se.
Se o Espírito, às vezes, se apega a um determinado médium, a razão está no campo das afinidades pessoais, da maior maleabilidade do médium preferido ou da sua condição psicológica mais favorável.
O CASO RIZZINI
Diz o professor Herculano Pires que o caso Rizzini é o mais recente, recentíssimo, e poderá suscitar discussões.
Jorge Rizzini é paulista e fez a sua carreira em São Paulo como jornalista, escritor, radialista e homem de televisão. Médium desde criança, só há alguns meses revelou sua mediunidade psicográfica.
A mediunidade Rizzini eclodiu num verdadeiro ímpeto, levando-o a receber, num período de três meses, poemas de dezenove poetas brasileiros e portugueses, os maiores da língua, que constituem dois volumes em fase de organização para o prelo: ANTOLOGIA DO MAIS ALÉM e SEXO E VERDADE (1). Pertencem a esses volumes os poemas de Castro Alves que foram analisados.
Herculano Pires esclarece que Rizzini passou por uma crise de consciência antes de admitir a divulgação dos poemas que recebera. Não podia publicá-los como de sua autoria e temia revelar os autores espirituais, em face da geral incompreensão do problema mediúnico.
Mas prevaleceu a verdade, que se impôs de tal maneira a lhe dar coragem para enfrentar a situação.
Será fácil para os adversários inescrupulosos do Espiritismo acusá-lo de pasticho. Mas para os estudiosos honestos, espíritas ou não, os poemas por ele recebidos valerão por si mesmos.
Os dotes literários e a cultura de um médium não são barreiras, mas valiosos recursos para a manifestação psicográfica nesse campo.
O valor das peças recebidas deve ser aferido pelo critério de um julgamento objetivo e não pela falácia das hipóteses agüentadas.
Ainda explica o professor Herculano Pires: acompanhamos passo a passo a eclosão da mediunidade psicográfica de Jorge Rizzini, que ocorreu acompanhada de fenômenos telepáticos e físicos.
Atesta: conhecemos o médium há muitos anos e conhecemos também as suas possibilidades profissionais.
No tocante à poesia, as tentativas pessoais de Rizzini foram sempre irrelevantes.
O que ele nos oferece pela psicografia não tem termo de comparação com as suas tentativas particulares e revela conteúdos inegavelmente autênticos em referência aos poetas comunicantes.
No caso de Castro Alves essa autenticidade se impõe através de toda uma constelação de motivos.
Completa o professor: nos poemas recebidos por Jorge Rizzini o poeta é o anjo vingador, o defensor dos escravos. Sua voz é a primeira a se levantar contra a escravidão sensorial das criaturas humanas pelos verdugos demoníacos do Umbral, das regiões infernais.
O sexualismo desenfreado que avassala a Terra encontra nos versos de Castro Alves redivivo a mesma vergasta que fustigou os algozes do Navio Negreiro.
O mural poético da prostituição é escavado no mármore da História a golpes de Miguelangelo.
Poemas como O Sexo no Mundo e Sexo e Infância valem por clarinadas de luz rompendo as trevas.
E que dizer de Piedade, esse grito de dor através do qual o poeta volta a querer apostrofar o próprio Criador?
A estrofe de abertura desse poema dá-nos a imagem cósmica de um navio negreiro da era espacial "vagando pelo espaço, embuçado pela noite".
Mas nesse poema o que impera é a dor, nota dominante que goteja de cada verso num compasso único, num ritmo de soluço, desde a primeira à última estrofe.
Neste poema vemos Castro Alves acabrunhado, vencido pela sua própria piedade, implorando de joelhos a piedade de Deus para a Humanidade terrena. É em vão que o seu verbo de fogo tenta elevar-se nas labaredas da apóstrofe. A dor pesa nas asas do condor e ele se curva humilde, rogando piedade.
Haverá sempre quem aponte defeitos, vacilações, momentos de frouxidão nesta ou naquela estrofe dos poemas que nos chegam do Além.
Que importam as possíveis falhas de capitação mediúnica, diante da força e da beleza de cada poema no seu conjunto?
A concepção de cada um desses poemas só encontra, em nossa poética de ontem e de hoje, uma fonte possível: Castro Alves.
E se eles não existissem, não tivessem sido captados mediunicamente e publicados, a poesia brasileira, num sentido geral (mediúnica ou não) seria mais pobre em seu conteúdo humano.
(As palavras acima do professor José de Herculano Pires foram extraídas do seu artigo CASTRO ALVES FALA À TERRA, escrito em São Paulo, em 1971. O texto completo do professor José Herculano Pires pode ser encontrado no Google, Castro Alves Fala à Terra.)
(1) Os livros psicografados por Jorge Rizzini, contendo os poemas mediúnicos de Castro Alves, foram lançados pelas editoras Lake, de São Paulo, e "Correio Fraterno do ABC".
A SEGUIR APRESENTAMOS DOIS POEMAS SOBRE ALLAN KARDEC E O ESPIRITISMO, DO ESPÍRITO DE CASTRO ALVES, PSICOGRAFADOS PELO MÉDIUM JORGE RIZZINI, PARA AVALIAÇÃO DO ESTILO DO AUTOR.
O ELO PERDIDO
Era a promessa do Cristo
Que iria cumprir-se à Terra,
Apesar do horror da guerra,
Primeiro em solo francês.
Enquanto os Céus se moviam,
Montesquieu, Robespierre,
Jacques Rousseau, D'Alembert,
Incitavam morte aos reis!
Em seguida Bonaparte,
Na Espanha, Portugal, Prússia,
Alemanha, Itália, Rússia,
A explodir os seus canhões!
Fizera-se ditador:
Ao invés de "Fraternidade,
Liberdade e Igualdade",
Impunha ódio e aflições!
E o pensamento parara!
Impotente em face à Morte,
Não via a Ciência um norte,
Além da matéria impura...
Religião era um sonho!
E a pobre Filosofia,
Nas trevas se debatia,
Sem escapar da clausura!
E a Humanidade gemia...
Mas sobre o mundo trevoso,
Descera gênio bondoso
Enviado por Jesus!
Morrera Napoleão...
E Kardec, à meia idade,
Com o Espírito Verdade,
Das trevas arranca a Luz!
E os Mensageiros do Cristo
A Kardec vinculados
Gritavam de todos lados:
"Somos o elo perdido! "
Vasto horizonte se abrira,
Com Kardec, homem profundo,
Ao mostrar um Novo Mundo,
Apenas antes sentido!
Velhas leis e velhos dogmas
Enterraram-se no abismo...
Ganha o mundo o Espiritismo!
A mais sublime Verdade!
Descoberto o "Elo Perdido",
A Fé uniu-se à Razão!
Ciência à Religião!
E o Homem à Divindade!
Era a própria voz do Cristo
De novo acordando a Terra!
"Não mais opressão e guerra,
-Discórdias e nem rancor!
Minha Doutrina é bem clara:
Perdoa ao teu inimigo!
Recolhe o triste mendigo!
Espalha bondade e amor!"
Avante, Espírita, avante!
E como Kardec, grita,
Que esta Doutrina Bendita,
É Luz, é Renovação!
E, onde quer que estiveres,
Proclama a grande verdade,
Que fora da caridade
Não pode haver salvação!
Médium: Jorge Rizzini.
Da obra “Antologia do Mais Além”.
LUZ E TREVA
I
Foi Jesus Cristo quem disse
Sob a inspiração de Deus:
“Vai, Allan Kardec, à Terra
E fala aos rebanhos meus.
Tira o povo da heresia!
A minha Doutrina amplia!
Cumpre a antiga profecia
Que fiz perante aos judeus!
Como na dura Judéia
Não temas tua missão:
O Espírito Verdade,
-Eis teu Anjo Guardião!
Aumenta as glórias no Céu!
Conquista mais um troféu!
Destrói na Terra esse véu,
Que esconde o Sol da Razão!
E o Apóstolo dileto
Despediu-se de Jesus,
E como um condor fantástico
-Mais veloz que a própria luz-
Ao lado de outros heróis,
Como ele mesmo – faróis!
Passou por milhões de sóis,
- E em Lyon viu sua cruz!
Encarcerando na carne,
-Gigante dentro de um ovo!
Ei-lo que vai ressurgir
Na bela Gália de novo!
E mais tarde, com cautela,
O Além pesquisa, interpela,
E finalmente revela
A Doutrina para o povo!
É epopéico seu trabalho
Com o Espírito da Verdade;
Galileu desvendou mundos,
Mas Kardec – a Eternidade!...
Com a chave da Ciência
Provou a Sobrevivência!
Descobriu a existência
De outras Leis da Divindade!
E o sábio deixa este globo
E volve saudoso à Luz!
Depois dos Grandes Mentores
Quem vem saudá-lo? – Jesus!...
E viram todos então,
Na Terra o imenso clarão:
-Era a Codificação
Que a Deus o Homem conduz!
II
Mas a Treva, furiosa,
Disse consigo em surdina:
“Apaguemos essa luz,
Que há de ser nossa ruína!
Infiltremos o anarquismo
Nas obras do Espiritismo,
E há de rolar pelo abismo
Quem pratica essa Doutrina!
Fizemos do Cristianismo
Uma crendice que aterra!
Que resta de Jesus Cristo
Na Itália, França, Inglaterra?
Chega ao mundo nova aurora?
O Alto nos mete a espora?
Marchemos! Chegou a hora!
Estamos de novo em guerra!
E a Treva ataca na França...
Brada um líder fariseu:
“Roustaing! Arrasa Kardec
Com as bombas que o Umbral vos deu!...
Médiuns! Pegai a caneta!
Vede o Cristo... A silhueta!
Quer ditar para o planeta
Sua vida quando hebreu!”
Da Espanha que viu nascer
A nobre Amália Soler
-Amália, luz fulgurante!
Sol com forma de mulher!-
A Treva cruza a fronteira
E sopra ao clero: “Fogueira!
Da Obra do Além altaneira,
Não reste a cinza, sequer!”
E pela América, Europa,
A Treva deixa sinais...
Quantos médiuns arrastados
À sala dos tribunais!
Viram bem perto o chicote,
Leymarie, Slade, Ana Rothe,
Orando, - à luz de uma archote,
Na prisão – como animais!...
E a Pátria do Evangelho?
Não foge a tropa do Mal?
Ramatis – clarim das sombras!
Tombou já do pedestal?
E a Treva horrenda e devassa
Proclama em grande arruaça:
“Com discursos e trapaça
Venceremos, afinal!”
E a mente da Treva insana
Não dá trégua contra a Luz!
Recruta e põe nas tribunas
Muitas almas de capuz...
Mas descendo do Infinito
À Terra lanço meu grito:
-Está no Céu já escrito:
O TRIUNFO É DE JESUS.
Espírita, companheiro,
Não te alheie a batalha.
A verdade – é tua arma!
A prece – tua muralha.
Conserva pura a doutrina
Que reflete a Luz Divina!
E já – confiante – em surdina,
Com Jesus Cristo – trabalha!...
Médium: Jorge Rizzini.
Da obra “Antologia do Mais Além”.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
JORGE RIZZINI E O ESPÍRITO DE MÁRIO DE ANDRADE
JORGE RIZZINI E O ESPÍRITO DE MÁRIO DE ANDRADE
Jorge Rizzini estava prestes a publicar o seu livro espírita “ANTOLOGIA DO MAIS ALÉM”, quando recebeu importante apoio do jornalista Valentim Lorenzetti para a sua divulgação.
Esse jornalista publicou na edição de 22 de abril de 1971, do jornal FOLHA DA TARDE, de São Paulo, o seguinte artigo contendo um poema muito interessante do Espírito do valoroso Mário de Andrade, falando da falta de preparação da sua alma para a viagem para a vida espiritual.
Pela consistência desse poema com os princípios do Espiritismo, deve ser lido e analisado com calma e atenção. Deve ainda servir de alerta para a nossa preparação para a vida futura, pela prática do Amor e da Caridade, conforme nos ensinou e exemplificou Jesus, em função da sobrevivência da alma à morte do corpo material.
NOTA: Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo-SP, em 09 de outubro de 1893 e faleceu em São Paulo, em 25 de fevereiro de 1945. Foi poeta, romancista, crítico de arte, musicólogo, professor universitário e ensaísta. É reconhecido como um dos mais importantes intelectuais brasileiros do século XX. Liderou o movimento modernista no Brasil e trabalhou na renovação literária e artística do país. Participou ativamente da Semana de Arte Moderna de 1922. Fonte: Wikipédia.
A VOLTA DE MÁRIO DE ANDRADE
Por Valentim Lorenzetti
Jorge Rizzini, escritor e jornalista, é também médium psicógrafo.
Ultimamente vem recebendo poemas e poesias de alguns dos grandes escritores do passado, como Castro Alves, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Camões e Guerra Junqueiro.
Em cerca de dois meses, recebeu um elevado número de obras, que estarão enfeixadas no livro “Antologia do Mais Além, já pronto para impressão.
De Mário de Andrade, Rizzini recebeu o poema “Viagem Marcada”, em que o grande escritor brasileiro narra suas surpresas de além túmulo.
Vamos transcrever o poema; os conhecedores do estilo de Mário de Andrade que o analisem:
VIAGEM MARCADA
A viagem era obrigatória
Mas não guardei os cuidados.
É p’ra hoje ou amanhã? Que importa!
Maria, traz o uísque,
E dá cá um abraço de vinte e quatro horas. Sem gelo...
E a viagem?
Não esqueci, mas o baú fica p’ra depois.
O maxixe está roncando
P’ras bandas do Paiçandu
E as mulatas vão gingando
No parque do Anhangabaú;
E estas circulações, ah!
Que bem fazem à circulação do sangue...
É tarde. Não esqueças a viagem!
Eu sei, anotei-a em minha agenda,
Mas só embarco no trem noturno
Depois de reler o meu Poe
E lavar o poema que nasceu ontem
Pela madrugada sangrenta.
Afinal, por que não transferem a viagem
Para o ano dois mil?
Sinceramente, não estou querendo deixar o Brasil...
E o tempo foi passando;
A viagem era obrigatória
E não havia moratória...
E o uísque ali, ao meu lado,
Entre as risadas dos amigos
E o sussurro das noites que ninguém conta,
Nem eu, nem os livros do meu reler
E nem as paredes do meu viver...
E o tempo passando...
A viagem (já lhes disse e reafirmo) era obrigatória,
Que o chefe do trem já tinha
Cópia do meu retrato, carimbado na passagem.
E a data era bem legível
Com a seguinte anotação: intransferível...
E embarquei no trem noturno
Sem tempo de me arrumar
Trazendo nas mãos nada mais
Que os calos da máquina de escrever.
E atravessei o Vale das Sombras
Que vós também conhecereis,
Que o retrato de Vossas Senhorias
Também já está carimbado e com data marcada.
Que faço eu agora, nestes ares,
Se não achei meu baú?
Sim senhores, estou quase nu
E me sinto envergonhado.
Se pudesse, vestir-me-ia com a cultura.
Com meus poemas, contos, romances,
Com o tempo que deixei vazar...
Mas neste país nada disto conta
E a roupa que aqui se usa
É confeccionada com o Amor e a Caridade,
Moedas raras na Terra
E que não tive o tempo de recolher
Para as aventuras do mais viver!
Sim senhores, estou quase nu
E me sinto envergonhado.
Se Deus quiser, voltarei
Para encher meu baú...
Enquanto isso, que meus amigos na Terra
Vão rezando por mim,
Para que a luz me aqueça nestas noites do sem fim...
Por enquanto, o meu muito obrigado,
Que o abraço virá depois
Apertado e sincerado!
(Artigo de Valentim Lorenzetti, publicado no
jornal Folha da Tarde, em 22/04/1971).
segunda-feira, 19 de abril de 2010
OBRA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DE JORGE RIZZINI
IRACEMA SAPUCAIA RIZZINI FALA SOBRE A OBRA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DE JORGE RIZZINI
Nesta segunda parte da entrevista, Iracema Sapucaia Rizzini, pedagoga e escritura de livros infantis, apresenta recordações de acontecimentos relevantes que marcaram a vida de seu esposo.
Iracema Sapucaia, como participante e testemunha ocular das realizações de Jorge Rizzini, dignou-se a documentar as suas lembranças, falando, nesta oportunidade, sobre a obra literária infanto-juvenil de Jorge Rizzini.
GEZIEL: Como foi o início da fase de Jorge Rizzini na literatura?
IRACEMA SAPUCAIA: Posso dizer que teve dois extremos. Se, por um lado, teve a capacidade de escrever uma série de livros para crianças e juventude: “Carlito e os Homens da Caverna”; “Histórias de Dona Santinha”; e “A Vida de Monteiro Lobato” (biografia romanceada); por outro lado, escreveu, em 1957, o “Beco dos Aflitos”. Trata-se de um livro de contos tenebrosos e amargos que mais parecem vivenciados em submundos. No entanto, essa obra o fez merecedor do ‘Prêmio Fábio Prado”.
Além desses livros, publicou muitos outros.
OS LIVROS INFANTO-JUVENIS DE JORGE RIZZINI
GEZIEL: O que levou Jorge Rizzini a escrever e publicar seus livros infanto-juvenis?
IRACEMA SAPUCAIA: Lembro-me de que, a partir dos 27 anos de idade, isto é, em 1951, Rizzini começou a sentir impulsão para escrever livros para a infância e a juventude.
O primeiro livro publicado foi “Carlito e os homens da Caverna”. O interessante foi que esse livro foi escrito em apenas três semanas.
Lembro-me de que Rizzini levou o livro pronto para a Editora Brasiliense, dirigida por Arthur Neves, amigo íntimo de Monteiro Lobato. O original foi lá, com a recomendação de que retornasse uma semana depois.
A alegria de Rizzini foi grande, porque Arthur Neves concordou em publicá-lo, porém, aconselhou-o:
“-Dedique seu livro à memória de Lobato, pois seu estilo é por demais parecido com o dele. É o que a crítica vai achar...”
Essa observação causou-lhe estranheza. Se havia qualquer semelhança, havia acontecido à sua revelia. Isso o deixou incomodado, mas mesmo assim, o livro foi publicado em 1951.
Com certeza, naquela ocasião, Rizzini não tinha, ainda, percepção da própria mediunidade, no sentido de que, através dela pudesse escrever um livro por influência oculta dos Espíritos.
Depois disso, em 1953, Rizzini publicou, pela Editora Piratininga, o livro “Histórias de Dona Santinha”, contendo inclusive lindas ilustrações que, inexplicavelmente, não trouxeram a assinatura do desenhista.
Naquele mesmo ano, Rizzini publicou, pela Editora Correio Fraterno, o livro “A vida de Monteiro Lobato”. Nessa biografia, as informações sobre a infância do escritor foram fornecidas pela sua viúva, a senhora Purezinha Lobato.
Rizzini afirmou “ser essa obra de inspiração mediúnica, pois o estilo revelava a presença do Espírito de Lobato, sem dúvida”.
Esse livro mereceu a crítica muito positiva de renomados escritores, tais como: Homero Silveira, da Academia Paulista de Letras; Edgard Cavalheiro; Menotti Del Picchia, da Academia Brasileira de Letras; Maria de Lourdes Teixeira, da Academia Paulista de Letras.
Diversas outras pessoas de renome escreveram o seguinte sobre o livro:
Cecílio J. Carneiro: “Acredito ser este, ressuscitado pela pena de Rizzini, o Lobato que a infância esperava...”.
Waldemar Cavalcante: “Entre as homenagens que se tem, com justiça, prestado à memória de Monteiro Lobato, uma estava faltando – exatamente a mais necessária: um livro que pusesse diante dos olhos da juventude brasileira a figura humana de seu maior contador de história. Pois esse livro foi agora escrito por Jorge Rizzini.”
Leonardo Araujo, da Academia Paulista de Letras: “Esta biografia complementa a literatura de Monteiro Lobato. É o seu apêndice natural; o fecho que faltava para as crianças que ainda hoje se divertem com os personagens do Sítio do Pica pau Amarelo.”
Fidelino de Figueiredo, historiador português: “Um livro que é também uma boa ação, porque faz justiça e educa. Aqui vão as minhas calorosas felicitações”.
Roger Bastide, sociólogo francês: “Gostei particularmente da atmosfera das crianças na fazenda, este gosto pelo grupo e pelo segredo que dirige as explorações misteriosas e as relações poéticas da criança com o adulto”.
José Herculano Pires, escritor, jornalista e filósofo: “A vida de Monteiro Lobato: leitura apaixonante; é um livro que evoca Lobato na plenitude de sua inteligência, de sua coragem, do seu idealismo, de sua permanente vivacidade intelectual. A urdidura deste livro revela uma vocação rara entre nós...”.
Carlos Drumond de Andrade, da Academia Brasileira de Letras: “Quanto a mim, só me resta saudar o autor pelo carinho com que procurou falar à alma infantil, através dessas páginas.”
Além desses três livros, Rizzini escreveu ainda, nessa sua fase de literatura infanto-juvenil, “Aventuras na Cidade Perdida”, peça para teatro, premiada com o “Prêmio Narizinho”, pelo Departamento de Cultura do Estado de São Paulo.
Julgo importante registrar que, após essa fase, Rizzini nunca mais escreveu literatura infanto-juvenil.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
DOMÉRIO DE OLIVEIRA ELOGIA JORGE RIZZINI
DOMÉRIO DE OLIVEIRA ELOGIA JORGE RIZZINI
Domério de Oliveira, valoroso e culto companheiro de Doutrina Espírita, fez os seguintes elogios a Jorge Rizzini, ao ressaltar sua notável atuação no Movimento Espírita.
FOTO: Na foto publicada acima, Jorge Rizzini estava com 75 anos de idade, mas ainda bastante atuante no Movimento Espírita.
JORGE RIZZINI, UM BALUARTE DO ESPIRITISMO
Por Domério de Oliveira
Há determinadas correntes dentro do Espiritismo, com as quais não concordo, que não admitem louvações aos Grandes Vultos da nossa Doutrina.
Alegam que os nossos aplausos podem proporcionar ao Espírito de quem os recebe uma ponta de orgulho e de vaidade.
Penso, justamente, ao contrário, que os nossos aplausos, para os confrades que bem os merecem, funcionam como elemento catalítico positivo, despertando-lhes maiores energias para que possam produzir mais e melhor.
Sim, meus amigos, gosto de aplaudir quem merece os meus aplausos. Sabemos que o aplauso justo e sincero é como aquele adubo que faz com que a planta fortaleça as raízes e se desenvolva com mais vigor.
À guisa de exórdio quero justificar, nesta nossa modesta crônica, os meus aplausos justos e merecidos ao Valoroso Trabalhador do Espiritismo, nosso irmão Jorge Rizzini.
Meus amigos, empolgo-me quando tenho o prazer de ler as produções literárias que já conquistaram prêmios, do nosso eminente Rizzini.
Posso afirmar, sem vislumbre de dúvida, que Jorge Rizzini é nome de grande respeito e de grande projeção no cenário da literatura e do Espiritismo.
Escritor e Psicógrafo, vem comprovando suas notáveis faculdades através das suas obras.
De Rizzini, assim se expressou nosso Emérito Professor Herculano Pires:
"Acompanhamos passo a passo a eclosão da mediunidade psicográfica de Jorge Rizzini. O que Ele nos oferece pela psicografia revela conteúdos inegavelmente autênticos em referência aos Poetas comunicantes."
Nosso Chico Xavier teceu loas à mediunidade de Rizzini:
"Reafirmo, nesse ponto, a certeza de que, nas atividades constantes da Mediunidade, será Ele, (Rizzini), um Mensageiro cada vez mais seguro e mais habilitado na transmissão dos textos de nossos Benfeitores da Espiritualidade Superior."
Meus amigos, a bibliografia de Rizzini é vastíssima e polimorfa.
Nos limites desta crônica, não nos seria possível alinharmos as nomenclaturas elogiosas aos seus inúmeros trabalhos a lume, para o enriquecimento dos nossos Espíritos, os seguintes livros:
a) Antologia do mais Além;
b) Kardec, Irmãs Fox;
c) Materializações de Uberaba;
d) Guerra Junqueiro, no Aquém e no Além;
e) Escritores e Fantasmas;
f) Eurípides Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade;
g) Castro Alves fala à Terra;
h) A vida de Monteiro Lobato;
i) O Regresso de Glória;
Esses os livros que conseguimos alinhar.
Talvez Rizzini, trabalhador incansável, já tenha escrito outros que ainda não chegaram às nossas mãos.
Os livros supra alinhados, com expressivas dedicatórias a este modesto escriba, já passaram pelos crivos dos meus olhos. Gostei de todos.
Todos os livros de Jorge Rizzini revelam sua profunda cultura e seu elevado conhecimento da nossa Doutrina.
Entretanto, meus amigos, há um livro de Rizzini que revela a sua coragem e seu espírito combativo, em defesa do Espiritismo.
Reportamo-nos ao seu livro: "Materializações de Uberaba". Neste livro, Rizzini revela-se um autêntico lutador.
Mostrou e provou aos jornalistas da antiga Revista "O Cruzeiro" a autenticidade do fenômeno de materialização lá de Uberaba.
Provou que a Médium Otilia Diogo era uma criatura simples honesta e bem intencionada, submetendo-se a todos os exames, inclusive exames médicos, para deixar bem comprovada a sua autêntica mediunidade de efeitos físicos.
Provou, também, que o Espírito de Irmã Josefa era uma Entidade do outro Plano que se materializava, para dar prova cabal da imortalidade.
O Eminente Jornalista Deolindo Amorim, ao tomar conhecimento do livro "Materializações de Uberaba", da lavra de Rizzini, assim, se expressou:
"Felizmente, em boa hora, Jorge Rizzini reuniu todo o material e formou, assim, um livro necessário e sugestivo, mostrando a verdade sobre as materializações de Uberaba. Poucos, na realidade, teriam a coragem e o espírito de renúncia que teve Jorge Rizzini para enfrentar, na televisão, todos os desafios que Ele enfrentou em defesa, não apenas do caso em si, mas em defesa do Espiritismo."
Avalizamos e ratificamos, "ipsis verbis", todas as assertivas do nosso saudoso Deolindo Amorim.
Também, sobre aludido livro, manifestou-se nosso Imenso Francisco Cândido Xavier, dizendo simplesmente:
"UM LIVRO ESCRITO COM SUOR E SANGUE."
Meus amigos, a campanha maquiavelicamente "armada" pelos jornalistas da antiga Revista "O Cruzeiro", ao invés de fazer adernar a nave do Espiritismo, pelo contrário, a impulsionou para frente, arregimentando novos navegantes.
A campanha ajudou a divulgar o Espiritismo e levou muitos Intelectuais a estudar os fenômenos mediúnicos.
Nossa Doutrina, neste episódio de Uberaba, saiu ainda mais fortalecida e os louros desta vitória nós os atribuímos a Jorge Rizzini, um Baluarte do Espiritismo.
Valem para nossa peroração, as próprias palavras de Jorge Rizzini:
"Os Médiuns vêm para dar provas de que o mundo espiritual é uma realidade! Nós temos um objetivo, nós temos uma missão a cumprir: nós somos eternos! E podemos, com a graça de Deus, dar provas, depois de mortos, que a vida continua, além da sepultura!"
(Artigo de Domério de Oliveira publicado no Correio Fraterno do ABC, Nº 366, de Julho de 2001)
quarta-feira, 24 de março de 2010
INÍCIO DA MEDIUNIDADE DE JORGE RIZZINI
IRACEMA SAPUCAIA RIZZINI FALA SOBRE O AFLORAMENTO E O DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE DE JORGE RIZZINI
Buscando registrar em detalhes as contribuições valiosíssimas prestadas por Jorge Toledo Rizzini ao Movimento Espírita, realizamos a presente entrevista com sua esposa Iracema Sapucaia Rizzini, pedagoga e escritura de livros infantis.
São recordações de acontecimentos relevantes, que movimentaram o protagonista e o colocaram em ação e em destaque no meio de muitos fatos espíritas marcantes.
Iracema Sapucaia, como participante e testemunha ocular das realizações de Jorge Rizzini, dignou-se a documentar as suas lembranças.
Nesta primeira parte da entrevista concedida a Geziel Andrade, fala sobre o afloramento e o desenvolvimento da mediunidade de Jorge Rizzini, que, com o passar do tempo e a sua dedicação ao Espiritismo, o levou a ter uma atuação impressionante no meio espírita, produzindo o legado que o notabilizou.
OS PRIMEIROS CONTATOS DE IRACEMA SAPUCAIA COM JORGE RIZZINI E O AFLORAMENTO DE SUA MEDIUNIDADE
GEZIEL: Como a senhora conheceu Jorge Toledo Rizzini?
IRACEMA SAPUCAIA: Conheci o Jorge num centro espírita que ficava na Rua da Liberdade, aqui na cidade de São Paulo. E nos casamos em dezembro de 1947.
Freqüentávamos as sessões de desenvolvimento mediúnico que eram dirigidas pela senhora Esteva Quaglio. Eu a conhecera na Federação Espírita do Estado de São Paulo, através de palestras. Foi ela quem nos apresentou.
Naquela época, o Jorge morava em companhia do pai e da madrasta perto de minha residência. Haviam vindo do Rio de Janeiro, onde moravam.
Jorge estava sofrendo intensamente em conseqüência da mediunidade que vinha aflorando de modo ostensivo. Desde os seus 17 anos, sofria constantemente a influência de espíritos obsessores. Era atormentado principalmente à noite, quando em seu quarto.
Às vezes, o seu sofrimento tornava-se insuportável. Então ele saía para a rua e procurava locais iluminados para se “proteger”.
Foi exatamente por essa razão que ele começou a freqüentar o centro espírita dirigido por dona Esteva. Mas, o seu sofrimento foi também sendo amenizado depois que conheceu dois rapazes, que se tornaram seus amigos: Paulo e Nino, filhos de dona Maria Vitali, que era espírita.
Quando o Jorge saía de madrugada, tinha a permissão de dirigir-se à pé à casa desses amigos, que o recebiam bondosamente. Nessas ocasiões, rezava com dona Maria Vitali e, depois de receber um passe, recolhia-se a uma cama, de antemão “reservada” a ele!
Dona Maria Vitali era, de fato, uma espírita sincera. Devemos muito à sua generosidade.
Penso que a fase mais difícil da vida do Jorge foi essa. Pude observar que o sofrimento arrancou de seu íntimo tudo quanto ele guardava de mais nobre, mas também de doloroso e terrível.
O AFLORAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE DE JORGE RIZZINI
GEZIEL: Pode-se dizer então que o afloramento e mesmo o desenvolvimento da mediunidade de Jorge Rizzini foram marcados por perturbações e sofrimentos?
IRACEMA SAPUCAIA: Não só isso. Um fato favorável foi ele ter nascido em um lar espírita. O seu pai, Joaquim de Andrade Rizzini, também era médium e trabalhava num centro espírita no subúrbio do Rio de Janeiro.
Mas a mediunidade em Jorge Rizzini floresceu cedo. A partir dos 10 anos de idade, já participava das sessões espíritas dirigidas pelo seu pai, também com a participação dos irmãos, da mãe e da avó paterna. Era uma mediunidade que se despontava com um pouco de tudo: vidência, efeitos físicos, etc., apesar de ser criança.
Mas essa mediunidade acentuou-se a partir dos 17 anos, após o falecimento de sua mãe, dona Cecília e ter vindo para São Paulo, acompanhando seu pai e sua madrasta.
Com esse desenvolvimento progressivo da mediunidade, ele via os Espíritos, sentia-os e ouvia-os. Várias vezes, ao passar pelo corredor da casa que o levava ao quarto, os Espíritos chegavam a encostar-se contra a parede para que Rizzini pudesse passar. O assustador era que não eram Espíritos benfazejos; pelo contrário.
Em compensação a isso, preocupado com a necessidade de arrumar um emprego, aconteceu-lhe algo extraordinário, que ele mesmo narrou em seu livro “Antologia do Mais Além”:
“Às cinco horas da tarde, o sol entrando pela janela do quarto, vi, defronte à estante, minha mãe de corpo inteiro a me sorrir! Ela, que havia desencarnado aos 43 anos de idade (já faziam dois anos) e me deixara tanta saudade... Dias depois, à noite, no quarto, vi, maravilhado, uma grande bola de luz, vagando na escuridão e essa visão me trouxe muita paz, pois eu sabia ser mamãe. Papai havia casado de novo e a madrasta, infelizmente, nos trouxera grandes complicações, mas mamãe não se esquecera dos filhos...”
Foi nessa época penosa que Rizzini conheceu D. Maria Vitali, quem o encaminhou para o Centro Batuíra, localizado na Rua da Liberdade, onde dona Esteva Quaglio dirigia as sessões de desenvolvimento mediúnico.
Foi numa dessas sessões que nos conhecemos. Ele ainda estava numa fase muito difícil em relação à mediunidade. Eu, porém, o compreendi, por ter passado pelo mesmo sofrimento.
Sobre o nosso encontro, Rizzini escreveu:
“Na sessão dirigida por dona Esteva foi que conheci Iracema. Era ela médium de incorporação e vidente. Fato notável é que toda a sua família e a minha eram de Taubaté e muitos dos nossos parentes se conheciam sem que nós soubéssemos – e nos viemos a conhecer num centro espírita! E nos casamos...”.
NOTA: A continuação desta entrevista será publicada em outros artigos, neste mesmo blog.
terça-feira, 23 de março de 2010
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