JORGE RIZZINI

JORGE RIZZINI

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Acompanhe a vida e as obras realizadas por Jorge Rizzini em prol do Espiritismo.

Ele nasceu em São Paulo-SP, em 25 de setembro de 1924, numa família espírita.

A partir de 1950, passou a ter uma participação mais ativa no Movimento Espírita.

Empregou as suas habilidades e experiências de escritor, jornalista, radialista, publicitário e médium de psicografia e música mediúnica, para propagar e defender o Espiritismo, ao lado de personalidades como Chico Xavier, Herculano Pires, Yvonne A. Pereira, Deolindo Amorim, dentre muitos outros.

Lançou o primeiro programa espírita "Em Busca da Verdade", na TV Cultura de São Paulo. Publicou a revista "Kardequinho" para o público infanto-juvenil. Produziu diversos documentários cinematográficos sobre fatos e personalidades espíritas. Escreveu livros espíritas importantes sobre Eurípedes Barsanulfo, Kardec, Irmãs Fox e outros, e Herculano Pires. Divulgou as músicas compostas por Espíritos de compositores desencarnados famosos, através de Discos, Fitas Cassete, CDs e Festivais de Música Mediúnica.

Faleceu no dia 17 de outubro de 2008, deixando um legado que desperta admiração, respeito e espírito de gratidão.





segunda-feira, 19 de abril de 2010

OBRA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DE JORGE RIZZINI


IRACEMA SAPUCAIA RIZZINI FALA SOBRE A OBRA LITERÁRIA INFANTO-JUVENIL DE JORGE RIZZINI



Nesta segunda parte da entrevista, Iracema Sapucaia Rizzini, pedagoga e escritura de livros infantis, apresenta recordações de acontecimentos relevantes que marcaram a vida de seu esposo.

Iracema Sapucaia, como participante e testemunha ocular das realizações de Jorge Rizzini, dignou-se a documentar as suas lembranças, falando, nesta oportunidade, sobre a obra literária infanto-juvenil de Jorge Rizzini.

GEZIEL: Como foi o início da fase de Jorge Rizzini na literatura?

IRACEMA SAPUCAIA: Posso dizer que teve dois extremos. Se, por um lado, teve a capacidade de escrever uma série de livros para crianças e juventude: “Carlito e os Homens da Caverna”; “Histórias de Dona Santinha”; e “A Vida de Monteiro Lobato” (biografia romanceada); por outro lado, escreveu, em 1957, o “Beco dos Aflitos”. Trata-se de um livro de contos tenebrosos e amargos que mais parecem vivenciados em submundos. No entanto, essa obra o fez merecedor do ‘Prêmio Fábio Prado”.

Além desses livros, publicou muitos outros.

OS LIVROS INFANTO-JUVENIS DE JORGE RIZZINI

GEZIEL: O que levou Jorge Rizzini a escrever e publicar seus livros infanto-juvenis?

IRACEMA SAPUCAIA: Lembro-me de que, a partir dos 27 anos de idade, isto é, em 1951, Rizzini começou a sentir impulsão para escrever livros para a infância e a juventude.

O primeiro livro publicado foi “Carlito e os homens da Caverna”. O interessante foi que esse livro foi escrito em apenas três semanas.

Lembro-me de que Rizzini levou o livro pronto para a Editora Brasiliense, dirigida por Arthur Neves, amigo íntimo de Monteiro Lobato. O original foi lá, com a recomendação de que retornasse uma semana depois.

A alegria de Rizzini foi grande, porque Arthur Neves concordou em publicá-lo, porém, aconselhou-o:

“-Dedique seu livro à memória de Lobato, pois seu estilo é por demais parecido com o dele. É o que a crítica vai achar...”

Essa observação causou-lhe estranheza. Se havia qualquer semelhança, havia acontecido à sua revelia. Isso o deixou incomodado, mas mesmo assim, o livro foi publicado em 1951.

Com certeza, naquela ocasião, Rizzini não tinha, ainda, percepção da própria mediunidade, no sentido de que, através dela pudesse escrever um livro por influência oculta dos Espíritos.

Depois disso, em 1953, Rizzini publicou, pela Editora Piratininga, o livro “Histórias de Dona Santinha”, contendo inclusive lindas ilustrações que, inexplicavelmente, não trouxeram a assinatura do desenhista.

Naquele mesmo ano, Rizzini publicou, pela Editora Correio Fraterno, o livro “A vida de Monteiro Lobato”. Nessa biografia, as informações sobre a infância do escritor foram fornecidas pela sua viúva, a senhora Purezinha Lobato.

Rizzini afirmou “ser essa obra de inspiração mediúnica, pois o estilo revelava a presença do Espírito de Lobato, sem dúvida”.

Esse livro mereceu a crítica muito positiva de renomados escritores, tais como: Homero Silveira, da Academia Paulista de Letras; Edgard Cavalheiro; Menotti Del Picchia, da Academia Brasileira de Letras; Maria de Lourdes Teixeira, da Academia Paulista de Letras.

Diversas outras pessoas de renome escreveram o seguinte sobre o livro:

Cecílio J. Carneiro: “Acredito ser este, ressuscitado pela pena de Rizzini, o Lobato que a infância esperava...”.

Waldemar Cavalcante: “Entre as homenagens que se tem, com justiça, prestado à memória de Monteiro Lobato, uma estava faltando – exatamente a mais necessária: um livro que pusesse diante dos olhos da juventude brasileira a figura humana de seu maior contador de história. Pois esse livro foi agora escrito por Jorge Rizzini.”

Leonardo Araujo, da Academia Paulista de Letras: “Esta biografia complementa a literatura de Monteiro Lobato. É o seu apêndice natural; o fecho que faltava para as crianças que ainda hoje se divertem com os personagens do Sítio do Pica pau Amarelo.”

Fidelino de Figueiredo, historiador português: “Um livro que é também uma boa ação, porque faz justiça e educa. Aqui vão as minhas calorosas felicitações”.

Roger Bastide, sociólogo francês: “Gostei particularmente da atmosfera das crianças na fazenda, este gosto pelo grupo e pelo segredo que dirige as explorações misteriosas e as relações poéticas da criança com o adulto”.

José Herculano Pires, escritor, jornalista e filósofo: “A vida de Monteiro Lobato: leitura apaixonante; é um livro que evoca Lobato na plenitude de sua inteligência, de sua coragem, do seu idealismo, de sua permanente vivacidade intelectual. A urdidura deste livro revela uma vocação rara entre nós...”.

Carlos Drumond de Andrade, da Academia Brasileira de Letras: “Quanto a mim, só me resta saudar o autor pelo carinho com que procurou falar à alma infantil, através dessas páginas.”

Além desses três livros, Rizzini escreveu ainda, nessa sua fase de literatura infanto-juvenil, “Aventuras na Cidade Perdida”, peça para teatro, premiada com o “Prêmio Narizinho”, pelo Departamento de Cultura do Estado de São Paulo.

Julgo importante registrar que, após essa fase, Rizzini nunca mais escreveu literatura infanto-juvenil.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

DOMÉRIO DE OLIVEIRA ELOGIA JORGE RIZZINI


DOMÉRIO DE OLIVEIRA ELOGIA JORGE RIZZINI

Domério de Oliveira, valoroso e culto companheiro de Doutrina Espírita, fez os seguintes elogios a Jorge Rizzini, ao ressaltar sua notável atuação no Movimento Espírita.

FOTO: Na foto publicada acima, Jorge Rizzini estava com 75 anos de idade, mas ainda bastante atuante no Movimento Espírita.

JORGE RIZZINI, UM BALUARTE DO ESPIRITISMO
Por Domério de Oliveira

Há determinadas correntes dentro do Espiritismo, com as quais não concordo, que não admitem louvações aos Grandes Vultos da nossa Doutrina.

Alegam que os nossos aplausos podem proporcionar ao Espírito de quem os recebe uma ponta de orgulho e de vaidade.

Penso, justamente, ao contrário, que os nossos aplausos, para os confrades que bem os merecem, funcionam como elemento catalítico positivo, despertando-lhes maiores energias para que possam produzir mais e melhor.

Sim, meus amigos, gosto de aplaudir quem merece os meus aplausos. Sabemos que o aplauso justo e sincero é como aquele adubo que faz com que a planta fortaleça as raízes e se desenvolva com mais vigor.

À guisa de exórdio quero justificar, nesta nossa modesta crônica, os meus aplausos justos e merecidos ao Valoroso Trabalhador do Espiritismo, nosso irmão Jorge Rizzini.

Meus amigos, empolgo-me quando tenho o prazer de ler as produções literárias que já conquistaram prêmios, do nosso eminente Rizzini.

Posso afirmar, sem vislumbre de dúvida, que Jorge Rizzini é nome de grande respeito e de grande projeção no cenário da literatura e do Espiritismo.

Escritor e Psicógrafo, vem comprovando suas notáveis faculdades através das suas obras.

De Rizzini, assim se expressou nosso Emérito Professor Herculano Pires:
"Acompanhamos passo a passo a eclosão da mediunidade psicográfica de Jorge Rizzini. O que Ele nos oferece pela psicografia revela conteúdos inegavelmente autênticos em referência aos Poetas comunicantes."

Nosso Chico Xavier teceu loas à mediunidade de Rizzini:
"Reafirmo, nesse ponto, a certeza de que, nas atividades constantes da Mediunidade, será Ele, (Rizzini), um Mensageiro cada vez mais seguro e mais habilitado na transmissão dos textos de nossos Benfeitores da Espiritualidade Superior."

Meus amigos, a bibliografia de Rizzini é vastíssima e polimorfa.

Nos limites desta crônica, não nos seria possível alinharmos as nomenclaturas elogiosas aos seus inúmeros trabalhos a lume, para o enriquecimento dos nossos Espíritos, os seguintes livros:
a) Antologia do mais Além;
b) Kardec, Irmãs Fox;
c) Materializações de Uberaba;
d) Guerra Junqueiro, no Aquém e no Além;
e) Escritores e Fantasmas;
f) Eurípides Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade;
g) Castro Alves fala à Terra;
h) A vida de Monteiro Lobato;
i) O Regresso de Glória;
Esses os livros que conseguimos alinhar.

Talvez Rizzini, trabalhador incansável, já tenha escrito outros que ainda não chegaram às nossas mãos.

Os livros supra alinhados, com expressivas dedicatórias a este modesto escriba, já passaram pelos crivos dos meus olhos. Gostei de todos.

Todos os livros de Jorge Rizzini revelam sua profunda cultura e seu elevado conhecimento da nossa Doutrina.

Entretanto, meus amigos, há um livro de Rizzini que revela a sua coragem e seu espírito combativo, em defesa do Espiritismo.

Reportamo-nos ao seu livro: "Materializações de Uberaba". Neste livro, Rizzini revela-se um autêntico lutador.

Mostrou e provou aos jornalistas da antiga Revista "O Cruzeiro" a autenticidade do fenômeno de materialização lá de Uberaba.

Provou que a Médium Otilia Diogo era uma criatura simples honesta e bem intencionada, submetendo-se a todos os exames, inclusive exames médicos, para deixar bem comprovada a sua autêntica mediunidade de efeitos físicos.

Provou, também, que o Espírito de Irmã Josefa era uma Entidade do outro Plano que se materializava, para dar prova cabal da imortalidade.

O Eminente Jornalista Deolindo Amorim, ao tomar conhecimento do livro "Materializações de Uberaba", da lavra de Rizzini, assim, se expressou:
"Felizmente, em boa hora, Jorge Rizzini reuniu todo o material e formou, assim, um livro necessário e sugestivo, mostrando a verdade sobre as materializações de Uberaba. Poucos, na realidade, teriam a coragem e o espírito de renúncia que teve Jorge Rizzini para enfrentar, na televisão, todos os desafios que Ele enfrentou em defesa, não apenas do caso em si, mas em defesa do Espiritismo."

Avalizamos e ratificamos, "ipsis verbis", todas as assertivas do nosso saudoso Deolindo Amorim.

Também, sobre aludido livro, manifestou-se nosso Imenso Francisco Cândido Xavier, dizendo simplesmente:
"UM LIVRO ESCRITO COM SUOR E SANGUE."

Meus amigos, a campanha maquiavelicamente "armada" pelos jornalistas da antiga Revista "O Cruzeiro", ao invés de fazer adernar a nave do Espiritismo, pelo contrário, a impulsionou para frente, arregimentando novos navegantes.

A campanha ajudou a divulgar o Espiritismo e levou muitos Intelectuais a estudar os fenômenos mediúnicos.

Nossa Doutrina, neste episódio de Uberaba, saiu ainda mais fortalecida e os louros desta vitória nós os atribuímos a Jorge Rizzini, um Baluarte do Espiritismo.

Valem para nossa peroração, as próprias palavras de Jorge Rizzini:
"Os Médiuns vêm para dar provas de que o mundo espiritual é uma realidade! Nós temos um objetivo, nós temos uma missão a cumprir: nós somos eternos! E podemos, com a graça de Deus, dar provas, depois de mortos, que a vida continua, além da sepultura!"

(Artigo de Domério de Oliveira publicado no Correio Fraterno do ABC, Nº 366, de Julho de 2001)