JORGE RIZZINI

JORGE RIZZINI

BEM VINDO A ESTE BLOG

Acompanhe a vida e as obras realizadas por Jorge Rizzini em prol do Espiritismo.

Ele nasceu em São Paulo-SP, em 25 de setembro de 1924, numa família espírita.

A partir de 1950, passou a ter uma participação mais ativa no Movimento Espírita.

Empregou as suas habilidades e experiências de escritor, jornalista, radialista, publicitário e médium de psicografia e música mediúnica, para propagar e defender o Espiritismo, ao lado de personalidades como Chico Xavier, Herculano Pires, Yvonne A. Pereira, Deolindo Amorim, dentre muitos outros.

Lançou o primeiro programa espírita "Em Busca da Verdade", na TV Cultura de São Paulo. Publicou a revista "Kardequinho" para o público infanto-juvenil. Produziu diversos documentários cinematográficos sobre fatos e personalidades espíritas. Escreveu livros espíritas importantes sobre Eurípedes Barsanulfo, Kardec, Irmãs Fox e outros, e Herculano Pires. Divulgou as músicas compostas por Espíritos de compositores desencarnados famosos, através de Discos, Fitas Cassete, CDs e Festivais de Música Mediúnica.

Faleceu no dia 17 de outubro de 2008, deixando um legado que desperta admiração, respeito e espírito de gratidão.





quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

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POEMA DE NATAL DO ESPÍRITO GUERRA JUNQUEIRO







JORGE RIZZINI E O POEMA DE NATAL DO ESPÍRITO GUERRA JUNQUEIRO

O Espírito de Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Portugal, 17/set/1850 a 07/julho/1923) escreveu inúmeros poemas através da mediunidade de Jorge Rizzini.

Assim, deu provas da sobrevivência da alma à morte do corpo material, revivendo sua forma poética peculiar de expressão.

Neste tributo a Jorge Rizzini, e em comemoração ao Natal de Jesus, reproduzimos abaixo um dos maravilhosos poemas desse Espírito poeta, intitulado:

O NASCIMENTO DE JESUS

Oh, que noite fria em toda a Palestina!
Tremem estrelinhas pelo céu fulgente...
Ninguém pelas ruas, ninguém na campina...
Só os cães sem dono vagam pela esquina,
A ladrar à lua, dolorosamente!...

Mas, já pouco a pouco vem rompendo o dia...
Deus recolhe os astros, já guardou a lua...
Já não é tão frio... Foi-se a ventania!
Já os galos cantam, canta a cotovia,
E os cães se alegram com o sol na rua!

Palestina acorda... Mas, em Nazaré,
Já faz muito tempo despertou Maria...
Ei-la em um burrico que comprou José!
Vai sentada ao lombo e o marido a pé,
Ambos p’ra Belém antes que finde o dia!

O recenseamento era obrigatório.
Era Lei de Roma; proclamara Augusto!
E José e Maria vão para o cartório,
Toc, toc, toc, p’ro interrogatório,
Num jerico velho, animal sem susto!

E o jerico manso com intrepidez,
Toc, toc, toc, vai estrada afora,
Com Maria em cima já com palidez,
Pois tem dores fortes – oh, é a gravidez?...
Ai, meu Deus, não deixe que lhe chegue a hora!

Mas, Belém já surge pequenina e bela!
Com a lei de César, quanto povo à rua!
E José procura com Maria à sela
As hospedarias, mesmo sem janela,
Onde o sol não bate nem a luz da lua!

“Oh, meu Pai Divino, que a minh’alma adora!
Vem baixando a noite e não se encontra um quarto!”
E Maria ora, pois José demora,
Procurando longe p’ra Nossa Senhora,
Um local qualquer onde se faça o parto!

E o burrico meigo de pêlo castanho,
Ao ouvir Maria soluçar na prece,
(Curioso bicho! Que animal estranho!)
Nos seus olhos claros, claros como o estanho,
Uma gota d’água, trêmula, aparece!...

Mas, não pressentiu o que notou Maria...
Da sentida prece Deus estava à escuta!
Já por sobre ambos, oh! que luz havia!
E José guiado por sublime Guia
Comunica, alegre: “-Encontrei uma gruta!”

E p’ra bem distante, toc, toc, toc,
Vai o burriquito; como é delicado!
Vai devagarinho, toc, toc, toc,
Sem pisar em pedra, evitando choque,
Como se soubesse de Maria o estado!

Vira, sim, José naquela noite escura
Colossal rochedo com um buraco fundo;
Ter um parto ali? Era uma aventura!
Mas o Guia disse:”-Cumpra-se a Escritura...”
E nasceu Jesus, o Salvador do Mundo!

Quem testemunhara o epopéico lance?
Nem o bom jerico e nem sequer José...
Mal entrou na gruta o médium teve um transe!
E o jerico amigo – que ninguém avance!
Não saiu da entrada, vigiando em pé!

Mas, na solidão da madrugada fria
A velar no campo rebanhos de ovelhas,
Dez pastores viram – como ele luzia! –
A descer do espaço o mensageiro, o Guia,
Fulgurante estrela a irradiar centelhas!

“Meus irmãos (lhes disse) trago a Boa Nova!
Vão-se transformar deste planeta as leis.
O Messias veio! Disso eu vos dou prova:
Na montanha bruta Deus fez uma alcova,
Onde está o Infante que é o Senhor dos Reis!...

Como vós é humilde e em manjedoura jaz,
Envolvido em faixas de tecido novo!
Glória a Deus na Altura! Fique a Terra em paz!
Ide agora vê-lo, que isso vos apraz,
Mas o que vos conto divulgai ao povo!...

E os pastores viram que dos Céus descia
Legião de Luz (oh, que visão fulgente!):
Os Titãs de Deus a arrebanhar o Guia,
E, em cintilações brilhantes como o dia
Dirigir do espaço os Magos do Oriente!

Contemplava a Mãe ainda em seu regaço
A criança linda, seu maior tesouro!
Que olhinhos puros! Como estica o braço!
Com apenas horas já quer dar o passo...
Que cabelos fulvos! Pareciam ouro!

Mas, por um instante ela empalideceu...
Que pressentimento em sua alma terna!
Que destino Deus traçou p’ro Filho seu?
E apertou-o ao peito e, enfim, adormeceu...
-Oh, divino quadro de beleza eterna!

(Poema inserido no livro
“Antologia do mais Além,
3ª. Edição, 1993, Editora
Espírita Paulo de Tarso.)