JORGE RIZZINI

JORGE RIZZINI

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Acompanhe a vida e as obras realizadas por Jorge Rizzini em prol do Espiritismo.

Ele nasceu em São Paulo-SP, em 25 de setembro de 1924, numa família espírita.

A partir de 1950, passou a ter uma participação mais ativa no Movimento Espírita.

Empregou as suas habilidades e experiências de escritor, jornalista, radialista, publicitário e médium de psicografia e música mediúnica, para propagar e defender o Espiritismo, ao lado de personalidades como Chico Xavier, Herculano Pires, Yvonne A. Pereira, Deolindo Amorim, dentre muitos outros.

Lançou o primeiro programa espírita "Em Busca da Verdade", na TV Cultura de São Paulo. Publicou a revista "Kardequinho" para o público infanto-juvenil. Produziu diversos documentários cinematográficos sobre fatos e personalidades espíritas. Escreveu livros espíritas importantes sobre Eurípedes Barsanulfo, Kardec, Irmãs Fox e outros, e Herculano Pires. Divulgou as músicas compostas por Espíritos de compositores desencarnados famosos, através de Discos, Fitas Cassete, CDs e Festivais de Música Mediúnica.

Faleceu no dia 17 de outubro de 2008, deixando um legado que desperta admiração, respeito e espírito de gratidão.





quarta-feira, 2 de março de 2011

MANIFESTAÇÃO FÍSICA DE ESPÍRITO OCORRIDA COM DOM BOSCO








MANIFESTAÇÃO FÍSICA DE ESPÍRITO OCORRIDA COM DOM BOSCO

Neste tributo, reproduzimos o artigo escrito por Jorge Rizzini e publicado na “Revista Internacional de Espiritismo”, de fevereiro de 2005. Ele mostra o interessante caso de manifestação física de Espírito ocorrida com Dom Bosco.

Allan Kardec, em “O Livro dos Médiuns” nos ensina que: “as manifestações físicas espontâneas de Espíritos têm características inconfundíveis, com intensidade e timbre muito variados; são facilmente reconhecíveis e não podem ser confundidas com certos ruídos; tem por fim chamar a atenção para alguma coisa e convencer da presença de um poder superior ao homem. Após tendo sido dado o aviso e explicada a sua razão, elas não são mais necessárias. Essas manifestações espontâneas, às vezes, degeneram em verdadeira barulheira e em perturbações. Essas manifestações não são raras nem novas. São poucas as crônicas locais que não incluem alguma estória desse gênero. A repercussão que alcançam e o próprio horror que chegam a causar, despertam a atenção para o assunto e acabam por abrir os olhos dos mais incrédulos.”

DOM BOSCO E O PACTO DE MORTE
Por Jorge Rizzini

DOM BOSCO: Biografado por diversos autores, sua vida é exemplo de caridade.

A ilustração acima de Dom Bosco cedida por Milton Bonfante.

Dom Bosco foi um homem notável.

Nascido na Itália em 1815 e desencarnado em 1888, este escritor e padre piedoso fundou, ao longo de sua vida, nada menos do que cento e cinquenta instituições de caridade, as quais tinham por finalidade abrigar milhares de pobres órfãos adolescentes e dar-lhes conhecimentos agrícolas.

E devido a esse gigantesco trabalho caritativo foi canonizado e mereceu inúmeras vezes ser biografado por conhecidos autores.

Contemporâneo de Allan Kardec e intelectual de mente aberta, Dom Bosco, certamente, lera os livros da Codificação, não obstante combatidos pelo clero. Leu-os, mas não os desdenhou.

E, corajoso, narrou em seu livro de memórias “Quarenta anos de provas” (Quarente années d’epreuves, editora Vitte, págs. 99-102), fenômenos contundentes de efeitos físicos que testemunhou quando tinha vinte e quatro anos de idade.

Eis o que o fundador da Congregação dos Salesianos nos conta: (Nota: A tradução é do escritor católico Salomão Jorge. Vide a 3ª. Edição de sua notável obra “A Estética da Morte”, págs. 209-210.)

“Entre Comollo e mim (confessa Dom Bosco) existia uma amizade muito sincera e uma confiança ilimitada.

Muitas vezes falávamos do que poderia, a cada momento, nos acontecer, por exemplo, se a morte viesse a nos separar...

Um dia, fizemos uma troca de promessas: ‘Aquele que entre nós morresse primeiro, poria o outro, Deus o permitindo, a par da sua salvação eterna.’

Eu não tinha ainda a idéia da importância de um tal compromisso.

Devo confessar que havia nisso muita leviandade.

Como quer que seja, jamais aconselharia ninguém a proceder dessa forma. Entretanto, nós o fizemos e repetimos muitas vezes, principalmente durante a última enfermidade de Comollo.

Suas últimas palavras e seu último olhar me deram a certeza que ele não faltaria ao combinado.

Muitos de meus companheiros estavam a par do pacto.

Comollo morreu em 2 de abril de 1839.

No dia seguinte, à tarde, realizaram-se os seus funerais solenes na Igreja de São Felipe.

Os que conheciam a promessa que nos ligava esperavam impacientemente a sua verificação.

Eu mesmo, não vivia mais, e ainda aguardava do acontecimento um grande reconforto ao meu pesar.

À noite, já deitado há certo tempo, não conseguia dormir. Estava convencido de que, nesta noite, em nosso dormitório, onde se alojavam cerca de vinte seminaristas, cumprir-se-ia a promessa.

Seriam, aproximadamente, onze horas e meia, quando o local foi repentinamente abalado por um barulho tremendo que parecia dilatar-se nos corredores.

Dir-se-ia um possante carro, puxado por uma parelha imponente, a aproximar-se da porta do dormitório.

De instante a instante, o rumor se ampliava tragicamente, fazendo tremer o dormitório, como se tivesse havido o abalo de um trovão.

Aterrorizados, os seminaristas saltaram para baixo de seus leitos e se refugiaram num canto, reconfortando-se como podiam.

Nesse momento, um trovão, ainda mais espantoso que os precedentes, atroou e, por três vezes, percebeu-se distintamente a voz de Comollo: ‘Bosco, estou salvo’.

Todos ouviram estes fragores; muitos, as palavras de Comollo, mas sem perceberem o sentido; outros, porém, o compreenderam tão bem quanto eu.

Durante muito tempo ainda se comentou no seminário o episódio.

Foi a primeira vez, confesso, que tive medo. E mesmo o meu terror foi tal que caí gravemente doente e quase morri.”

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Somos muito gratos a Dom Bosco por haver enriquecido a literatura espírita com tão emocionante relato.
Jorge Rizzini

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